{"id":4184,"date":"2022-12-19T03:05:39","date_gmt":"2022-12-19T06:05:39","guid":{"rendered":"https:\/\/folhakariocas.com.br\/?p=4184"},"modified":"2022-12-19T03:05:47","modified_gmt":"2022-12-19T06:05:47","slug":"argentina-conquista-o-tricampeonato-mundial-e-consagra-lionel-messi","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/folhakariocas.com.br\/argentina-conquista-o-tricampeonato-mundial-e-consagra-lionel-messi\/","title":{"rendered":"Argentina conquista o tricampeonato mundial e consagra Lionel Messi"},"content":{"rendered":"\n

Hermanos voltam a levantar a ta\u00e7a do mundo ap\u00f3s 36 anos de espera<\/em> – \u00a0Por Lincoln Chaves – Rep\u00f3rter da TV Brasil e R\u00e1dio Nacional – S\u00e3o Paulo<\/em>.<\/p>\n\n\n\n

A conquista da \u00faltima Copa Am\u00e9rica, no Brasil, encerrando um jejum de 28 anos sem t\u00edtulos oficiais, devolveu \u00e0 Argentina o prazer de celebrar. A vit\u00f3ria sobre a It\u00e1lia na Final\u00edssima, duelo entre os campe\u00f5es sul-americano e europeu, mostrou que os hermanos queriam mais. Queriam o mundo. E ele veio, ap\u00f3s 36 anos de espera e dois vices dolorosos (1990 e 2014). Neste domingo (18), a equipe albiceleste derrotou a Fran\u00e7a por 4 a 2 na disputa de p\u00eanaltis, ap\u00f3s empate de 3 a 3 com a bola rolando, no Est\u00e1dio de Lusail, na decis\u00e3o da Copa do Catar, assegurando o tricampeonato mundial.<\/p>\n\n\n\n

Campe\u00e3 em casa, em 1978, e no M\u00e9xico, oito anos depois, a Argentina ergueu a ta\u00e7a do mundo pela primeira vez longe do continente americano. Em 22 edi\u00e7\u00f5es, esta \u00e9 a terceira vez que o feito acontece. As anteriores foram em 1958 (Su\u00e9cia) com o Brasil e em 2014 (Brasil) com a Alemanha.<\/p>\n\n\n\n

Assim como em 1986, o t\u00edtulo argentino tem um protagonista destacado. Se l\u00e1 atr\u00e1s, o cara foi Diego Armando Maradona, desta vez, teria de ser Lionel Messi. Quis o destino que o craque, de 35 anos, na \u00faltima Copa da carreira, pudesse, enfim, levantar a ta\u00e7a mais cobi\u00e7ada do planeta. Mais que isso, sendo o maestro de uma equipe que jogou, \u00e9 claro, pelo pa\u00eds, mas tamb\u00e9m pelo camisa 10. Al\u00e9m de campe\u00e3o, Messi encerrou a competi\u00e7\u00e3o como vice-artilheiro (com sete gols) e jogador com mais partidas na hist\u00f3ria dos Mundiais (26, \u00e0 frente do alem\u00e3o Lothar Matth\u00e4us).<\/p>\n\n\n\n

O t\u00edtulo coroa uma campanha que, na primeira rodada, parecia improv\u00e1vel. Apesar de favorita, a Argentina estreou derrotada pela Ar\u00e1bia Saudita, por 2 a 1, de virada. O trope\u00e7o deu fim a uma sequ\u00eancia de 36 jogos de invencibilidade. A recupera\u00e7\u00e3o teve in\u00edcio com a vit\u00f3ria por 2 a 0 sobre o M\u00e9xico. O triunfo para cima da Pol\u00f4nia, pelo mesmo placar, deu aos hermanos a lideran\u00e7a do Grupo C. Nas oitavas e nas quartas de final, classifica\u00e7\u00f5es sofridas ante Austr\u00e1lia (2 a 1) e Holanda (nos p\u00eanaltis, ap\u00f3s empate em 2 a 2 no tempo normal). Na semifinal, a grande atua\u00e7\u00e3o da equipe, no 3 a 0 aplicado na Cro\u00e1cia.<\/p>\n\n\n\n

Os franceses, ent\u00e3o atuais campe\u00f5es, sentiram o gosto amargo do vice pela segunda vez – a primeira foi em 2006. Perderam a chance de repetir o Brasil de Pel\u00e9 e Garrincha, \u00faltima sele\u00e7\u00e3o a vencer duas Copas seguidas, entre 1958 e 1962. A juventude do elenco dos Bleus, cheio de nomes abaixo dos 30 anos (21 dos 25 convocados), entre eles o craque Kylian Mbapp\u00e9, mostra, por\u00e9m, que os europeus permanecer\u00e3o fortes rumo ao pr\u00f3ximo Mundial, em 2026 (Estados Unidos, Canad\u00e1 e M\u00e9xico). O camisa 10, ali\u00e1s, marcou tr\u00eas gols na final e acabou a competi\u00e7\u00e3o no Catar como artilheiro, com oito gols, chegando a 12 na hist\u00f3ria do torneio, mas acabou n\u00e3o sendo suficiente.<\/p>\n\n\n\n

Na Fran\u00e7a, Didier Deschamps mandou a campo uma forma\u00e7\u00e3o sem surpresas, com as voltas do zagueiro Dayot Upamecano e do volante Adrien Rabiot, recuperados de gripe, em rela\u00e7\u00e3o ao time que bateu Marrocos por 2 a 0, na semifinal. Do lado argentino, a expectativa era que Lionel Scaloni escalasse um time com tr\u00eas zagueiros, para segurar Mbapp\u00e9. O treinador, por\u00e9m, n\u00e3o apenas repetiu a linha de quatro defensores da vit\u00f3ria sobre a Cro\u00e1cia, como trocou o volante Leandro Paredes pelo atacante \u00c1ngel Di Maria.<\/p>\n\n\n\n

A op\u00e7\u00e3o de Scaloni se mostrou acertada. Foi justamente com Di Maria, aberto pela esquerda, infernizando o lateral Jules Kound\u00e9, que a Argentina tomou conta do primeiro tempo. Aos sete minutos, o atacante rolou para o volante Rodrigo De Paul soltar a bomba da entrada da \u00e1rea. A bola desviou no zagueiro Raphael Varane e quase surpreendeu o goleiro Hugo Lloris. Aos 16, ap\u00f3s retomar a bola no meio e tabelar com Messi pela direita, De Paul chegou \u00e0 linha de fundo e cruzou rasteiro para Di Maria chegar batendo, por cima da meta.<\/p>\n\n\n\n

A superioridade argentina se consolidou a partir dos 20 minutos, novamente com Di Maria. O camisa 11 invadiu a \u00e1rea pela esquerda e foi derrubado pelo tamb\u00e9m atacante Ousmane Dembel\u00e9. Messi, de p\u00eanalti, deslocou Lloris e abriu o marcador. Aos 35, o meia Alexis Mac Allister puxou contra-ataque com Messi, que achou J\u00falian \u00c1lvarez pela direita. O atacante lan\u00e7ou Mac Allister, que entrou na \u00e1rea e rolou na esquerda para Di Maria, na sa\u00edda do goleiro franc\u00eas, ampliar a vantagem sul-americana e se emocionar na comemora\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

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