A casa deveria ser o lugar mais seguro do mundo para seu morador, mas para quem tem o corpo frágil ou se encontra com mobilidade reduzida, qualquer lugar sem a estrutura adequada pode se tornar perigoso e até mesmo uma simples ida ao banheiro pode ser acompanhada de riscos. No Brasil, cerca de 17,3 milhões da população brasileira tem algum tipo de dificuldade de sustentação nos membros inferiores segundo o último senso do IBGE.
Uma das grandes preocupações do envelhecimento é o aumento no risco de quedas. De acordo com a SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), de 30% a 40% dos idosos caem pelo menos uma vez por ano, e essa é a principal causa de morte acidental entre pessoas acima dos 65 anos.
A geriatra Daniela Gomez, da SBA Residencial, explica que as pessoas mais velhas têm alguns fatores que aumentam o risco de quedas. “Eles [idosos] apresentam mais fatores de risco relacionados à ocorrência de quedas quando comparados aos mais jovens. Como por exemplo: déficits visuais, redução da musculatura e fraqueza de membros inferiores, marcha mais lenta, equilíbrio comprometido e uso de medicações psicotrópicas que podem levar a tontura e sonolência”, afirma a especialista.
Segundo a Ex-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Valéria Andrade, a maior parte dos banheiros públicos ou domésticos ainda não possuem a adaptação necessária para receber pessoas com mobilidade reduzida, incluindo azulejos antiaderente e principalmente barras fixas de segurança para que as pessoas possam se apoiar durante o banho ou na hora de levantar da cadeira de rodas para utilizar o vaso sanitário.
Para resolver esse problema, a maioria das pessoas costuma colocar barras de segurança em locais estratégicos da casa ou em locais públicos.