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A política começa a pegar fogo na Baixada Fluminense

A campanha nem começou mais já está dando dor de cabeça em alguns e o que falar. Várias emoções estão reservadas para a próxima eleição nos municípios da Baixada Fluminense em especial em Queimados.

A política no contexto municipal de alguns municípios da Baixada está disputadíssima, Belford Roxo e Queimados, por exemplo, estão no meio do olho do furacão. Nas últimas semanas surgiram brigas ideológicas de militantes da direita que utilizaram de palavras como “traidores da nação”, “lobos em peles de carneiros”, “nunca foram patriotas”, para se dirigirem a determinados políticos que dizem ser apoiadores do ex-presidente Bolsonaro e hoje se unem a políticos que apoiam ao presidente Lula (PT).

A situação se inflamou mais com o surgimento de uma guerra dentro da sigla partidária União Brasil, políticos que compões a sigla, oriundos do PSL e do DEM que juntos formaram o novo partido (União Brasil), não conseguem se entender, a rebelião interna pode levar ao esvaziamento da sigla, já que alguns integrantes não decidiram sobre aderir ou não à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva e acumulam conflitos regionais.

O resultado desses conflitos internos chegou até os municípios de Belford Roxo e Queimados,  com a saída do prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, da direção estadual do União e a ida dele para o Republicanos, causou indigestão entre apoiadores do ex-presidente Bolsonaro que não aceitam a ida de Waguinho para o Republicanos, Waguinho é tido por esses apoiadores como traidor da pátria, por seu apoio ao presidente Lula. Essa filiação ao Republicanos anunciada no último dia (10), data em que também assumiu a presidência do diretório estadual do partido, trouxe uma movimentação que mudou o rumo prognóstico nas próximas eleições municipais tanto em Belford Roxo como em Queimados. Ambas cidades são o foco das intenções políticas partidárias na Baixada. Nesta matéria iremos analisar prognósticos baseados nas últimas movimentações ocorridas com os nomes que irão definir a política do município.

Em Queimados o prefeito Glauco Barbosa Hoffman Kaizer, mais conhecido como Glauco Kaizer do Solidariedade, pretende concorrer a reeleição, Queimados é conhecido por ser o curral eleitoral do ex-prefeito e Deputado Federal Max Lemos recém filiado ao PDT (Partido Democrático Trabalhista), além das raízes queimadenses de um outro político nesta roda que não para de girar, Machado Laz, que tem como padrinho político o prefeito de Belford Roxo Waguinho. Machado que já foi Secretário de Defesa Civil e Vice-prefeito,  já deixou claro suas pretensões políticas para o município.

Queimados possui outros nomes tradicionais no contexto político da cidade como o delegado de polícia, ex-Sargento de Aeronáutica, advogado e ex-deputado estadual Zaqueu da Silva Teixeira  PSD (Partido Social Democrático), a ex-militar e deputada estadual Alana de Oliveira Passos de Souza, mais conhecida como Alana Passos filiada ao partido União Brasil.

E parece que as novidades não param por aí, nas últimas semanas, o deputado federal Max Lemos (PDT) lançou um de seus fies escudeiros e representante do seu grupo,   o ex-secretário estadual de Infraestrutura Rogério Brandi. Junto Max levou para o time de Brandi o ex-secretário de Ordem Pública do Kaizer, André Caldas, o apoio da vice-prefeita, Maise Justo, o pastor Bolsonarista e ex-afilhado de Machado e Waguinho Leandro Sperendio, e já se fala nos bastidores de uma aliança da ex-deputada Alana Passos além de outros nomes que vem sendo sondando no município.

Segundo fontes, a ideia de Max Lemos (PDT)  de fechar com Waguinho,  já foi de água abaixo,  Max tentará emplacar  a pré-candidatura de Rogério Brandi que vem negociando no contexto estadual o apoio de alas da direita Carioca e Fluminense como por exemplo da sigla partidária  União Brasil.

Já Machado Laz segue diretrizes de seu padrinho prefeito de Belford Roxo Waguinho de que não está descartada uma fusão com o delegado e ex-deputado Zaqueu Teixeira para uma disputa pelo majoritário municipal com o apoio do prefeito do Rio Eduardo Paes que irá concorrer a reeleição, também se fala nos bastidores que  alguns meses atrás houve tentativas mal sucedidas de uma fusão com o prefeito Glauco Kaiser.

Já o majoritário municipal Glauco Kaizer (Solidariedade), conta com o apoio do Governador Claudio Castro e também vem sondando partidos de direita. Kaizer começou com as articulações na Câmara Municipal, nomes como o Vereador e presidente da casa legislativa Elerson Alves (PSD) e do Vereador Tuninho Vira-Virou (PP), são promissores. Tentativas de aproximação com o T. Coronel Rodrigues não é descartada. Um futuro alinhamento com os Piccianes vem sendo negociado para uma futura coligação com o MDB, além do seu padrinho político o deputado federal Aureo (Solidariedade).

Resta saber qual será o candidato do PL na cidade. Segundo informações, o partido seguirá diretrizes de neutralidade, apenas trabalhará para fazer vereança no município, porém existe a possibilidade de lançar candidatura própria e de acordo com fontes seguras, já existe conversa com pelo menos dois nomes da cidade.  Mesmo que o partido lance candidatura própria para o executivo, deixará seus deputados e senadores livres para suas próprias escolhas. Já a família Bolsonaro trabalha imbuída na futura candidatura de Flávio no Rio e Eduardo em São Paulo.

No meio de toda essa roda de negociações surge apoiado pelo policial militar aposentado Fabrício Queiroz o Sargento de Polícia Alexandre Carvalho, que tenta ganhar a simpatia da família Bolsonaro no município.

Já o PT deve seguir com candidatura própria para o executivo ou apenas trabalhará para fazer vereança na cidade e pode vir apoiando um dos três candidatos, o mais provável será o próprio prefeito Glauco Kaiser ou Zaqueu Teixeira.

Em fim, ainda teremos muitas surpresas com toda essa articulação que vem sendo feita no cenário político do município.

By Nelson Ferreira

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