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Banco Central define taxa de juros, divulga às Estatísticas fiscais, mesmo  Sob ataque de Lula

O Banco Central elaborou um relatório divulgado a imprensa nesta neste último dia (30), mostrando as estatísticas fiscais de 2022.

O presidente Lula tem criticado a política de juros. Ele também criticou o atual patamar da meta de inflação, de 3,25% para este ano e 3% para 2024, sugerindo que uma meta de 4,5% seria mais adequada. Por causa de sua fala no encontro com reitores de universidades federais no último dia 19, Lula questionou a atuação do Banco Central da forma que vem trabalhando autônoma e o atual patamar da taxa Selic. “Qual é a lógica da desconfiança que o mercado tem de tudo que a gente fala de investimento? Eu não vejo essa gente falar uma vez de dívida social”, disse na ocasião. Esse comentário acabou gerando incertezas no mercado que já vinha recebendo pressão por parte de investidores estrangeiros e de outros setores da economia que encaram o governo do PT com muitas incertezas.

Resultados fiscais

No setor público consolidado obteve em 2022 superávit primário de R$126,0 bilhões (1,28 % do PIB), ante superávit de R$64,7 bilhões (0,73% do PIB) em 2021. No mês de dezembro, o setor público consolidado registrou déficit primário de R$11,8 bilhões, ante superávit de R$123 milhões em dezembro de 2021. No mês, o Governo Central e as empresas estatais foram superavitários em, na ordem, R$6,2 bilhões e R$637 milhões, enquanto os governos regionais tiveram déficit de R$18,6 bilhões.

Em 2022, os juros nominais do setor público consolidado, apropriados pelo critério de competência, alcançaram R$586,4 bilhões (5,96% do PIB), ante R$448,4 bilhões (5,04% do PIB) em 2021. Os juros nominais atingiram R$59,0 bilhões em dezembro, comparativamente a R$54,4 bilhões em dezembro de 2021.

O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$460,4 bilhões (4,68% do PIB) em 2022, ante R$383,7 bilhões (4,31% do PIB) em 2021. Em dezembro, o déficit nominal atingiu R$70,8 bilhões, comparativamente a R$54,2 bilhões em dezembro do ano anterior.

Com o superávit primário de 2022, 1,28% do PIB, o setor público consolidado manteve a trajetória de melhoria do resultado primário observada desde 2017, interrompida somente em 2020, em função dos impactos econômicos e sociais da pandemia.

Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)

Em 2022, a DLSP atingiu 57,5% do PIB (R$5,7 trilhões), com elevação anual de 1,7 p.p. do PIB. Esse aumento decorreu, sobretudo, dos juros nominais apropriados (+6,0 p.p.), da variação da paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (+1,4 p.p.) e do efeito da valorização cambial de 6,5% no ano (+1,0 p.p.), parcialmente contrabalançados pelo crescimento do PIB nominal (-5,3 p.p.) e pelo superávit primário (-1,3 p.p.).

Em dezembro, a relação DLSP/PIB elevou-se 0,5 p.p. do PIB. Essa elevação decorreu dos impactos dos juros nominais apropriados (+0,6 p.p.), e da valorização cambial de 1,4% no mês (+0,2 p.p.), enquanto o crescimento do PIB nominal contribuiu com redução de 0,3 p.p.

A DBGG – que compreende governo federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 73,5% do PIB (R$7,2 trilhões) em 2022. No ano, a relação DBGG/PIB reduziu-se 4,8 p.p., resultado sobretudo do crescimento do PIB nominal (-7,5 p.p.), dos resgates líquidos de dívida (-4,5 p.p.), e da incorporação de juros nominais (+ 7,5 p.p.). Em dezembro, a relação DBGG/PIB reduziu-se 1,1 p.p. do PIB, em função basicamente dos resgates líquidos de dívida (-1,3 p.p.), do crescimento do PIB nominal (-0,4 p.p.), e da incorporação de juros nominais (+0,7 p.p.).

 3. Elasticidades da DLSP e da DBGG

A tabela a seguir atualiza as elasticidades da DLSP e da DBGG a variações na taxa de câmbio, na taxa de juros e nos índices de preços para o mês de dezembro de 2022. 

Fonte: https://www.bcb.gov.br/estatisticas/estatisticasfiscais

By Nelson Ferreira

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