A imobilização envolve todo o transporte de cargas, permitindo apenas a passagem de ambulâncias, policiais, bombeiros, veículos particulares e transporte de passageiros. O objetivo neste primeiro momento não seria prejudicar os cidadãos, segundo o sindicato que representa a categoria, disse que os caminhoneiros estão cansados com toda a injustiça que o governo chileno vem cometendo contra eles – Fonte: La Nacion/Patrícia Schüller Gamboa.
Os sindicatos dos caminhoneiros voltam a realizar uma greve nacional por tempo indeterminado nesta segunda-feira e desde cedo apostam nas rotas de diferentes zonas do país. A mobilização começou às 00:00 horas desta segunda (21).
A paralisação foi convocada na quinta-feira passada pela Confederação de Transportes de Fuerza del Norte, como resultado dos repetidos atos criminosos sofridos pelos caminhoneiros, somados ao aumento constante dos preços dos combustíveis.
“Isso será feito com a imobilização de todas as cargas dos caminhões, permitindo a passagem de veículos de emergência, veículos particulares e transporte de passageiros. Nosso objetivo não é prejudicar o público, mas estamos casados com essa injustiça contra nós”, informou a organização por meio de comunicado.
No mesmo informe, acrescentaram que os seus trabalhadores estão expostos a acidentes após muitas horas de trabalho, uma vez que não têm “áreas de descanso habilitadas e que proporcionem a segurança necessária para repor as energias, o que obriga as pessoas a excederem-se fisicamente”.
Da mesma forma, também apontaram que os caminhoneiros estão sendo alvos de “assaltos, roubo de cargas constantes e em vários casos até equipamentos e as carretas estão sendo roubadas, deixando nossos motoristas em situações e locais muito precários, muitas vezes onde até lhes custou a vida.“
No mesmo documento emitido, os caminhoneiros afirmam que o governo chileno vem aumentando o combustível de forma desenfreada: “ao aumentar os combustíveis, aumenta os custos de transporte de cargas, insumos e peças de reposição para nossos veículos. As empresas não aumentam os valores do transporte, mas aumentam o valor de venda do consumidor final que tem sido um grande problema para os mais pobres, e isso tem gerado um grande impacto na economia doméstica”.
“O nosso sindicato é discriminado pela aplicação de impostos específicos, IVA e outros valores, uma vez que o nosso sindicato é o que mais contribui para o desenvolvimento de todo o país”, comentaram.
Acrescentaram que “não se levam em conta a valorização do nosso setor e que dia a dia é mais atingido pelas truculências impostas, inclusive isso tem levado muitos pequenos empresários que também possuem seus próprios motoristas, a serem obrigados a ir à falência” .
As enormes filas de caminhões que se formaram na Rota do Maipo, onde os caminhoneiros estão ocupando a faixa da direita em ambas as vias no quilômetro 41 da Rodovia 5 Sul, em Paine. A mesma coisa acontece no quilômetro 114, em Rengo. As transportadoras também estão estacionadas no km 482 da Rota 5 Norte, no setor El Romeral da saída norte de La Serena.
Mais ao norte, os manifestantes estão em ambas as direções no setor Los Verdes e Bajo Molle da Rota 1; bem como na altura do Alto Hospicio na Rota 16, na ladeira El Toro.
Nem todos os sindicatos aderem à mobilização. A Confederação Nacional dos Camionistas (CNDC) classificou a convocação da greve como “absolutamente irresponsável“, assegurando que “neste momento é menos adequado para iniciar ações contundentes” dadas “as graves dificuldades económicas que o país atravessa“