A ascensão do mundo digital ofereceu muitas vantagens, facilitando comunicações, acessos a informações e oportunidades de negócios. No entanto, ela também deu origem a uma nova classe de infrações: os crimes cibernéticos. De maneira preocupante, esses atos ilícitos afetam desproporcionalmente um segmento da nossa sociedade – as mulheres.
Os crimes cibernéticos contra mulheres vêm em várias formas, incluindo, mas não se limitando a, assédio online, stalking cibernético, doxing (publicação de informações privadas sem consentimento), sextortion (extorsão com a ameaça de divulgar conteúdo sexual) e vingança pornográfica. A natureza anônima da internet pode encorajar os criminosos, que se aproveitam da plataforma para intimidar e explorar suas vítimas.
Prevenção e Proteção
Para combater esses crimes, várias medidas podem ser implementadas:
- Educação: Conscientizar sobre a segurança na internet é crucial. Informar mulheres sobre como proteger informações pessoais e identificar possíveis ameaças online.
- Legislação Mais Forte: Atualizar e fortalecer as leis para abranger os crimes digitais. Isso inclui punições adequadas para os infratores e procedimentos de denúncia acessíveis.
- Apoio às Vítimas: Criar centros de apoio que ajudem vítimas de crimes cibernéticos, fornecendo conselhos legais, apoio emocional e ferramentas para recuperar o controle sobre suas informações online.
- Tecnologia de Defesa: Desenvolver programas antivírus e anti-spyware mais robustos, bem como serviços que promovam a privacidade digital.
Responsabilidade Coletiva
A responsabilidade de combater os crimes cibernéticos contra mulheres é coletiva. Inclui a atuação governamental, o engajamento dos provedores de serviços de internet, a conscientização social e o empoderamento individual das mulheres.
Pensando em realizar um combate contra esssas ações cibernéticas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência Cibernética contra as Mulheres, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizará, nesta quinta-feira (07/03), a reunião de encerramento, na qual será votado o Relatório Final da Comissão. Caso seja aprovado pela CPI, o relatório será encaminhado ao Plenário da Alerj para análise dos 70 deputados. Também caberá ao Plenário votar os projetos de lei que compõem o documento. Após esses trâmites, o relatório será enviado às demais esferas do poder – Judiciário, Legislativos municipais e Executivos estadual e municipais – a fim de colocar em prática os encaminhamentos propostos pela CPI.
Rumo a um Futuro Seguro
Um dos 70 deputados da casa, o deputado Wellington José (Podemos), esteve com nossa equipe e falou sobre a importância dessas iniciativas tão importantes de segurança.
“Estamos no mês das Mulheres e elas merecem todo nosso resspeito. Nosso objetivo final deve ser a construção de um ambiente cibernético onde mulheres possam navegar, trabalhar e se comunicar sem medo de violência ou abuso. Isso requer uma mudança cultural substancial e a implementação de todas as medidas mencionadas acima. A erradicação dos crimes cibernéticos contra mulheres é essencial para garantir a igualdade e a justiça na nossa sociedade interconectada. Juntos, podemos fazer da era digital um espaço seguro para todos” – disse Wellington José.