Por Professor Fernando Grachina
Desconheço qualquer tipo de situação crítica que requer atitude, disciplina, coordenação,
assiduidade, comprometimento, e ficaria aqui enumerando por dias o que criticamos e falamos
todos os dias sem ao menos perceber, e quando fazemos isso de forma inconsciente posso
afirmar para quem tem esse senso crítico que teve pelo o mínimo de uma base educacional.
E porque então falar de educação no Brasil é chato e as pessoas não querem ao menos
pensar sobre o que vem acontecendo, só vive o dia a dia?
É mais complexo do que se possa imaginar, porque os lastros estão aumentando cada vez
mais, e as pessoas não tem a noção de como isso pode arrebentar. Aliás, posso confessar
para vocês que a coisa é tão feia, que eu também não sei onde isso chegará. Mas, posso
afirmar que estamos tendenciando a falta total de profissionais da educação, não digo que
seremos extintos, mas chegaremos muito próximo disso, estou falando de profissionais de
verdade, estou falando de pessoas que se alto desafiavam ou desafiam, estou citando aqui
pessoas que desafiavam seus alunos a pensarem, e não viraram marqueteiros como vemos aí
todos os dias, um BANDO de pessoas que se dizem professores e não sabem ao menos o que
seria a arte de professar.
Esqueceu-se que desenvolver formadores de opiniões seria de excelência máxima para fazer
um futuro próspero, mas o que foi decidido sem perguntar aos alunos nos últimos 25 anos é se
eles gostariam de crescer sem verdadeiros conhecimentos. Foi colocado que ler Kotler,
solzinho, diagramazinho, vai pra lá e vem pra cá, ele teria uma formação, coloca esse cidadão,
esse ser que ACHA saber de algo, e o saber dele é altamente limitado, porque para ler um
texto de verdade, ele não irá conseguir, quando pegar um texto difícil, aquele texto que mexe
com a sua alma, onde você pega as três primeiras linhas e não entende NADA, lê a segunda
vez e nada entende, será que ele irá se perguntar: Como eu, uma pessoa normal, cérebro
normal, não irei conseguir entender algo que uma outra pessoa escreveu? Como isso? Ou ele
irá parar, na maioria das vezes, essa pessoa para. Seria para mexer no seu ego, mexer no seu
interior, meu Deus, eu não vou nem ao banheiro, sento ali e vou entender aquilo nem que me
custe o dia inteiro.
Mas… Infelizmente essas últimas gerações perderam uma grande
oportunidade, e aí eu escuto: – professor, esse texto não me interessa, a aula é de matemática,
não se trata de interessar ou não, é uma questão de desafio, mexer no seu amago e sentir que
é gente, é o mesmo que chegar para alguém e falar: – meu camarada, você não irá entender
isso, você não consegue. Que isso, se é comigo, viro a noite sem dormir, como assim eu não
sou capaz de entender algo ou alguma coisa que alguém escreveu? Mas alguns criaram seu
próprio teto de limite, como disse o Professor Clóvis de Barros Filho, o vento – Venta, a maré –
mareia, o sapo – sapeia, e você se tornou uma pessoa sem nenhuma vontade de crescer em
conhecimento.
Então vou dar uma dica aqui porque ainda dá tempo de criar desafios pessoais de
conhecimento, desafios que você se movimente, porque você pode ser muito mais, só não
sabe que pode. Estamos fadados a falência educacional, e com isso, a falência dos
pensamentos críticos de verdade, com base, e não como “papagaio de pirata”. Então vai lá, vai
buscar, comece a ler textos difíceis, a conhecer algo que faça sentido. Seja alto produtivo e
não ser que está somente passando por essa Terra.