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Governo promove ações para combater o abuso e a exploração sexual infantil no Estado

As ações serão realizadas em conjunto com a Fundação para Infância e Adolescência e o projeto “Eu me Protejo”, no metrô da Central do Brasil.

Neste mês, marcado pelo Maio Laranja, que traz visibilidade para a campanha de combate ao abuso e à exploração sexual infantil, o Governo do Estado vai promover ainda mais ações para alertar a sociedade sobre essa grave violação dos direitos humanos. Por meio da FIA-RJ, Fundação vinculada à Secretaria estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, a programação já começa nesta sexta-feira (17/05), das 9h às 13h, no metrô da Central do Brasil, em parceria com o projeto “Eu me Protejo” – criado para que as crianças aprendam que seus corpos devem ser respeitados, e ensinem a consideração e a proteção de abusos. Uma série de iniciativas também acontecerá em diferentes municípios fluminenses durante todo o mês.

Na ação, profissionais multidisciplinares, educadores e assistentes sociais das duas instituições, abordam o público com informações, dinâmicas por meio de bonecos “Semáforo do Toque”, e distribuição de cartilhas educativas com orientações preventivas de como se proteger e onde denunciar o abusador. Para a gerente do Programa de Atenção às Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência da FIA-RJ, Danielle Gimenez, a participação da sociedade é fundamental nessa luta pela segurança e pelos direitos das crianças.

Os NACAs (Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente) já realizaram mais de 15 mil atendimentos só em 2023. Através desses núcleos, que pertencem à FIA-RJ, foram atendidos no ano passado mais de 68% de meninas e 32% meninos. Entre as tipificações de violência enfrentadas, 55% foram de abuso sexual, 22% de violência psicológica, 16% de agressões físicas e 7% de negligências. Precisamos fazer com que esses números diminuam – comenta Gimenez.

Alerta em números

Em um ano, o estado do Rio registrou quase 9 mil casos de estupro, conforme dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) e pelo Disque 100. Isso significa que, em mídia, pelo menos uma denúncia de violência sexual foi feito a cada hora no estado. Dos 8.836 relatos de abuso sexual documentados em 2023, 3.540 foram de crianças com até 13 anos, evidenciando um cenário em que 40% das vítimas eram menores.

Entendemos que a violência sexual contra crianças e adolescentes é uma das formas de violência mais veladas, o que dificulta a sua identificação. Neste sentido, a Fundação para a Infância e Adolescência vem intensificando seus trabalhos estratégicos para ampliar os trabalhos de prevenção junto às famílias, além de promover ações de sensibilização, mobilização e informação sobre o tema – afirma Fernanda Lessa, presidente da FIA-RJ.

Dia 18 de maio – Data para lembrar da menina Araceli

Instituída pela Lei 9.970/2000, o dia é marcado pelo “Caso Araceli”, ocorrido em 1973, na cidade de Vitória (ES). Uma menina de apenas 8 anos foi sequestrada, estuprada e morta por jovens de classe média alta. Apesar de ter tido todos os seus direitos violados, o crime ficou impune. Por isso, como uma estratégia de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes, os dados servem para informar, sensibilizar e mobilizar a sociedade para participar da luta em defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes.

Todos os anos, o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual realiza a campanha “Faça Bonito. Proteja nossas Crianças e Adolescentes”.

Para conferir toda a programação das atividades da FIA-RJ no Maio Laranja acesse o site:  https://www.fia.rj.gov.br/

By Redação do Folha Kariocas

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