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Hoje se comemora o dia do sexo, entenda os distúrbios sexuais femininos

Durante a vida sexual é possível que a mulher apresente alguns problemas em relação à sua sexualidade. A maioria das disfunções sexuais femininas pode ser tratada..

Hoje (06/09), se comemora o “Dia do Sexo”, uma data que foi criada para fins meramente publicitário, no entanto, é uma grande oportunidade para trazer esclarecimento, tirar dúvidas e mostrar os problemas que ao longo da vida o corpo humano pode adquirir afetando direta ou indiretamente a saúde sexual e até o relacionamento, além de causar baixa estima, irritabilidade e até depressão. Em muitos casos relatados por mulheres acima dos 45 anos, foram apresentados distúrbios que podem gerar a falta do desejo sexual.

A falta de desejo sexual feminino, também chamada de perda ou diminuição da libido, é o problema mais frequente e acomete entre 15% e 35% das mulheres. As causas são as mais diversas, como alterações dos hormônios sexuais causadas pelo uso de anticoncepcional, parto, amamentação, menopausa, distúrbios de outros hormônios e uso de antidepressivos, entre outras. É possível ainda estar relacionada ao cotidiano e ao estresse, e à dinâmica do relacionamento. Muitos casais acham que esse sintoma é falta de amor, quando na verdade o bem-estar dos parceiros no dia a dia é determinante para a sintonia entre o casal. Mudanças na rotina podem afetar a comunicação entre os parceiros, gerar distanciamento e afetar a vida sexual.

Os distúrbios mais comuns são:

  • Falta de desejo sexual;
  • Incapacidade em obter orgasmo – anorgasmia;
  • Dor durante a relação sexual – dispareunia;
  • Dor ou dificuldade à penetração – vaginismo.

Anorgasmia: a incapacidade de ter orgasmo é um problema muito comum entre as mulheres. Mulheres que têm orgasmo por meio da masturbação não podem ser incluídas nesse grupo.

Do ponto de vista biológico, o orgasmo feminino é bem definido, e já foi até demonstrado por meio de imagens de ressonância magnética.  A sexualidade feminina foi tabu durante muito tempo e, apenas muito recentemente tem havido maior abertura para que as mulheres também queiram vivenciar completamente a sua sexualidade.

Expectativas irrealistas e a falta de comunicação clara entre os parceiros certamente contribuem para esse problema. A influência da pornografia no aprendizado sexual é também uma questão importante, ao tornar um universo fantasioso e muitas vezes irrealista como referência para homens e mulheres.

Dor durante a relação sexual ou dispareunia: é quando a mulher sente dor no ato sexual. A causa dessa disfunção pode ser corrimento, infecção vaginal, menopausa e distúrbios hormonais. Também pode estar relacionada à falta de desejo sexual.

Vaginismo: é a incapacidade de haver penetração sexual prazerosa para a mulher, com a contração involuntária dos músculos próximos à vagina. Caracteriza-se por um ciclo que envolve ansiedade, tensão e dor, sucessivamente. É importante não tentar mais a penetração e fazer uma consulta ao ginecologista, para avaliar as causas e tratamentos. A terapia em conjunto do casal pode trazer gradativo aumento da intimidade sexual, com enormes chances de cura.

Fontes:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM 17.178 – SP

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Basson R, Berman J, Burnett A, et al. Report of the international consensus development conference on female sexual dysfunction: definitions and classific Jations. J Urol. 2000 Mar;163(3):888-93

Lindau ST, Schumm LP, Luamann EO, et al. A study of sexuality and health among older adults in the United States.  New Engl J Med. 2007 Aug 23;357(8):762-74.

Basson R, Leiblum S, Brotto L, et al. Revised definitions of women’s sexual dysfunction.  J Sex Med.2004 Jul;1(1):40-8Laumann EO, Paik A, Rosen RC. Sexual dysfunction in the United States: prevalence and predictors.  JAMA 1999 Feb 10;281(6):537-44

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By Nelson Ferreira

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