O Vasco da Gama apresentou no início da tarde desta segunda-feira (12), o técnico Maurício Barbieri. Ele foi apresentado pelo Diretor Executivo Paulo Bracks e concedeu sua primeira entrevista coletiva com a camisa do Gigante da Colina no CT Moacyr Barbosa. Barbieri falou sobre o novo desafio e em como se sentiu privilegiado por fazer parte do Cruzmaltino.
– É um privilégio enorme participar da história de um clube enorme. Uma das mais bonitas do futebol brasileiro. Um dos fatores que pesou para eu estar aqui hoje é que a torcida do Vasco, mesmo em momentos difíceis, se fez presente e tornou difícil a vida dos adversários. Poder representar esses torcedores também é motivo de satisfação. Gosto de ter uma equipe agressiva, que busca o protagonismo. Isso pode ser feito de diferentes formas – disse o treinador.
Sobre trabalhar em uma SAF?
Essencialmente pelo que já vivi, a diferença de um clube associativo e SAF é quase nenhuma influência política na SAF. Muitas vezes as decisões era tomadas pensando só no prazo do mandato, e nas empresas há mais respeito aos processos, ao protocolo de trabalho. De resto, todos querem vencer.
No que diz respeito a reação da torcida?
Acho que a questão do viés resultadista é cultural da América Latina. Tem a ver pelo fato de todos nós sermos um povo muito passional. É normal. Temos uma maneira de viver que vai nessa lógica. O ideal é encontrar o equilíbrio entre a razão e a emoção para criarmos condições para termos resultados eficientes. Para que no momento que os resultados apareçam a gente tenha consistência para sair dessa gangorra de resultados.
Precisamos do apoio do torcedor, que tem que entender esse momento de reconstrução. Os resultados não vão aparecer da noite para o dia. A partir do momento que a gente conseguir uma base, que a gente possa ter consistência.
Teremos mais Reforços?
Estamos discutindo, a torcida está ansiosa, eu também estou. A ideia é que a gente seja mais assertivos, mesmo que isso leve um pouco de tempo. Temos discutido muitos nomes. A ideia é ter convicção absoluta de quem chegar vai ajudar o Vasco.
Quanto aos Jovens da base?
Temos jogadores jovens com muito potencial. Alguns jovens jogaram em um ano de muita pressão e souberam dar uma resposta. Isso mostra o caráter deles. Temos outros meninos que já vem pedindo passagem. Casos do Zé Vitor, do Erick Marcus, o Paulinho, que é ainda mais jovem.
E o Andrey?
O Andrey é mais uma das joias, tem um talento incrível. Espero conseguir ajudar ele a se desenvolver. Apesar de já ter sido importante, é muito jovem, está em desenvolvimento. Não só ele como outros. Mas sem dúvida ele é um jogador de destaque.
Como irá ficar o preparo para o início da Pré-temporada?
Nesse primeiro momento a ideia é construir com eles uma ideia de como jogador, passar os meus conceitos daquilo que entendemos que a gente tem que fazer. Estamos destacando muito janeiro porque a ideia é que lá o elenco já esteja mais pronto, com mais nomes. Mas desde hoje começa o trabalho, já vamos a campo. Vou ver como eles respondem. Vamos começar a construir uma forma de jogar, e isso facilita até os que vão chegar depois.
Este momento está sendo o seu maior desafio da carreira?
O frio na barriga é normal. Encaro nesse momento o Vasco como o maior desafio da minha carreira. É o desafio mais importante que tenho no momento. Vou me dedicar e fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ajudar a reconstruir o clube.
Texto extraído do vasco.com.br/Por: Matheus Babo, São Januário