Foi inaugurado no último dia 30/08 o monumento do Obelisco, um dos maiores monumentos do Brasil e o maior de São Paulo, recebeu a exposição Epopeia de 32 – o Legado Democrático Paulista, que está sendo produzida pelo Instituto Via Cultural para a Sociedade dos Veteranos de 32 com o fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e Governo do Estado de São Paulo através de lei das emendas, com chancela da Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo. A curadoria e idealização é da paulistana, arte educadora, professora e restauradora, Anna Marcondes com a participação do historiador Rodrigo Gutenberg e da museóloga Mariana Boujadi.
A exposição pretende abordar fatos e mostrar objetos da Revolução Constitucionalista, que aconteceu em 1932, sendo um confronto armado entre forças majoritariamente paulistas contra o governo de Getúlio Vargas, que havia ascendido por meio da Revolução de 30, marco fundador da Brasil moderno.
É uma celebração a revolução que durou 3 meses e meio e pretende lembrar os paulistas que todos se uniram contra um processo político que se formava e foi um marco de mudança na história e a resistência paulista. Segundo a professora Anna foi um movimento popular e democrático que teve a participação de várias regiões do estado de São Paulo e apoio de outros estados da federação. Mesmo perdendo a revolução, foi ganha a causa. Conhecer a memória da revolução ajuda a entender a história do estado e da cidade e sua missão democrática.
A câmara de contemplação do Obelisco vai receber 18 painéis fotográficos com QR Codes, que irão contar sobre a Sociedade e o MMDC – a abreviação dos nomes dos estudantes que foram mártires neste processo, Claudio Bueno Miragaia, Mário Martins de Almeida, Draúsio Marcondes de Sousa e Américo Camargo de Andrade – mortos na praça Patriarca em maio de 32 durante uma manifestação popular em favor da autonomia de São Paulo. A história será mostrada por painéis especiais para a exposição e dará continuidade mostrando o clima de revolta pós as mortes dos estudantes, o que eclodiu na revolução em julho do mesmo ano contra o regime de Vargas. A exposição tem monitoria e um educativo acompanhado pelo historiador Rodrigo Gutenberg que aborda a revolução e a importância da comunicação no front.
Peças originais da época estão expostas em vitrines, como: cartas, jornais, capacetes, medalhas, objetos bélicos, entre outras curiosidades. Clóvis Arruda trouxe um projeto expográfico de vitrines e painéis para a exposição seguindo especificações de não ferir ou alterar o Obelisco que é um monumento tombado. “Foi um desafio, mas consegui elaborar peças especiais para montagem e teremos monitores com vídeos originais do período e um manequim fardado apresentando a vestimenta de combate”, afirma ele.
Sobre o Obelisco
O Obelisco é um projeto do escultor ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili e execução foi confiada ao engenheiro alemão radicado no Brasil, Ulrich Edler. Tombado pelos conselhos estadual e municipal de preservação de patrimônio histórico, o mausoléu do Obelisco guarda os corpos dos estudantes mortos durante a Revolução de 1932 e de 713 ex-combatentes.
Serviços:
Local – Monumento do Obelisco
Obelisco aos heróis de 32 – Complexo Viário Ayrton Senna – Vila Mariana – Abertura para convidados começou no dia 30/08/22 e a abertura para o público começou no dia 31/08/22.
Horário – de terça a domingo das 10h00 às 16h00
Convênio com escolas e agendamento de visitas: