A greve começou nesta segunda-feira (15), onde milhares de motoristas da Uber e da 99 estão parados exigindo melhor remuneração, Reclamações pelo baixo retorno financeiro com o trabalho com transporte de aplicativos têm sido comum nos últimos anos. A crítica é de que as empresas, Uber e 99 principalmente, não ajustaram os repasses de acordo com a inflação dos últimos anos e se tornou a menor taxa dos aplicativos ao redor do Brasil.
No Rio de Janeiro, os colaboradores também participam de manifestações nesta segunda que irá se concentrar em frente a sede da Uber. O movimento está sendo compartilhado nas redes sociais pelos profissionais, pedindo que os profissionais possam respeitar a paralisação e não ligarem seus aplicativos, para ajudar na causa que é mais do que justa. A manifestação, que começou às 4h da manhã, deve continuar até às 4h de terça-feira, mas não tem adesão completa da classe.
De acordo com a Amasp, as empresas de aplicativos ficam com cerca de 60% dos valores pagos pelos passageiros, o que se soma a outros fatores como falta de segurança e punições injustas aos colaboradores. Os trabalhadores exigem a remuneração mínima de R$ 10 por corrida, independente das taxas. Além disso, muitos denunciam que as empresas cobram valores abusivos em taxas de corridas.
Curiosamente, na última quarta (10), a Uber realizou um evento em São Paulo e convidou alguns motoristas para conhecer novas soluções de segurança e melhoria no aplicativo. Além disso, afirmou estar atenta e trabalhando no reajuste de tarifas. Contudo, isso não parece ter arrefecido a reclamação dos motoristas.
O movimento é organizado pela Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil (FEMBRAPP), “É inaceitável que os motoristas continuem a trabalhar recebendo valores tão baixos como os ofertados atualmente. Por isso, a FEMBRAPP convoca a todos a se juntarem à causa e desligarem os aplicativos no dia da paralisação“, afirma a organização em nota.