Hoje, 08 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher, que teve teve origem no movimento operário e se tornou um evento anual reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Mas, infelizmente, a cada dia o número de mulheres que sofrem feminicídio é cada vez mais alarmante.
Uma pesquisa, realizada em 2021 pelo DataSenado, aponta um aumento na percepção das mulheres sobre a ocorrência da violência doméstica. Pois, 86% das entrevistadas declararam que de sua perspectiva a violência contra mulher cresceu em 2021.
Além disso, 71% das mulheres entrevistadas nessa pesquisa afirmam que o Brasil é um país muito machista. E 68% conhecem no mínimo uma mulher que foi, ou é, vítima de violência doméstica.
Já o número de mulheres que declarou já ter sido agredida por um homem, entre as mulheres ouvidas, é de 27%. E o DataSenado também aponta que 18% das mulheres agredidas possuem convivência diária com o agressor.
Neste dia 08 de março, mulheres do bairro Vila Nascente, no município de Queimados, na Baixada Fluminense, foram contempladas com uma palestra sobre Violência Doméstica e Segurança Preventiva, ministrada pelo Sargento de Polícia Militar Alexandre Carvalho, na Assossiação de Moradores da Vila Nascente.
“Foi uma manhã muito agradável e proveitosa, é muito importante que as mulheres tenham orientações de como se proteger de homens agressores, como denunciá-los”, mencionou o sgt Alexandre Carvalho.
Segundo pesquisa divulgada em 2021, no ano de 2019 30,4% dos homicídios contra mulheres aconteceu dentro de casa. No entanto, esse número aumentou 22% entre os meses de março e abril de 2020.
Pois, foi nesse período que aconteceu a quarentena obrigatória em virtude da pandemia de covid-19. Então, as mulheres passaram a conviver mais com seus agressores dentro do lar.
E o aumento de feminicídios dentro dos lares nesse período reforça as estatísticas oficiais de violência doméstica no Brasil. Para contrabalancear esses dados, o IBGE aponta que apenas 7,5% dos municípios do país possuem delegacias da mulher.