É hora do BIMCHIP?
O Fed e a China continuam a ser os fatores por trás do comportamento dos mercados. Wall Street experimentou um rali ontem, com o Dow Jones entrando em um mercado de alta (+20% desde seu último ponto mais baixo), depois que o presidente do Fed, Jerome Powell, confirmou que a desaceleração nas altas de juros pode acontecer agora, desde a reunião deste mês.
Adicionado às palavras de Powell estão mais sinais de que Pequim está se preparando para sair de sua política Zero-Covid. As autoridades e a imprensa estatal apagaram este último termo do seu discurso e adotaram a ideia de que o país está numa “nova fase”, menos perigosa, no combate à Covid-19. Agora, os casos de menor risco poderão se isolar ou ficar em quarentena em casa e evitar os temidos “campos de isolamento”.
As ações na Ásia subiram 2,40% com a perspectiva de que Pequim ouviu a mensagem dos recentes protestos. Na Europa, o avanço mais moderado e o Stoxx600 registra alta de 0,82%. Por outro lado, os futuros de Wall Street fazem uma pausa após o rali de ontem , com o Nasdaq caindo 0,26%, o Dow perdendo 0,16% e o S&P500 negociando bastante estável. O dólar está sendo negociado em uma nova mínima. O cobre sobe 0,32% em Londres e o petróleo 0,55%.
No início do último mês do ano, chegam também as avaliações das estratégias de investimento. Há um tema recorrente na análise: o bom desempenho de alguns ativos de mercados emergentes. Títulos emergentes em dólar (índice JPMorgan) registraram seu melhor mês desde 1998 em novembro, de acordo com dados do FT. Enquanto isso, o MSCI Emerging Markets registrou um aumento de 14% em novembro, seu melhor mês em 13 anos.
Mas nem todos os mercados nesta categoria são criados iguais e a maioria dos índices é dominada pela presença de ativos da China. Em nota do FT , encontrei esta manhã a proposta de investimento de Vincent Deluard, estrategista da corretora StoneX. Deluard argumenta que devemos esquecer a categoria “emergentes”, devemos também esquecer os “BRICS”. Em vez disso, os investidores que desejam aproveitar o potencial dos mercados em crescimento devem apostar no Brasil, Índia, México, Chile, Indonésia e Peru, BIMCHIP.
Segundo Deluard, esses países são marcados por uma história de reformas, democracias “mais ou menos estáveis”, uma classe média em crescimento – ainda que frágil –, potencial de geração de riqueza e empresas muito grandes com lucros sólidos.
O Chile atende a essa descrição. Como Axel Christensen aponta hoje no Diario Financiero : “O Chile se tornou um pouco mais parecido com a média dos mercados emergentes“.
Em outra manchete, o Diario Financiero alerta que os números da indústria e do comércio confirmam um ajuste maior da economia em outubro . A manchete principal é para o Isapres, que alerta para um golpe financeiro após decisão do STF de uma tabela de fatores que obrigará a devolução com efeito retroativo.
É BOM FICAR ATENTO
A flexibilização das sanções dos EUA ao petróleo venezuelano trará um fraco impulso ao fornecimento de combustível. A mudança de política em relação ao governo Maduro ocorre em meio a conversas com a oposição e à crise energética global. (FT)
A Neuralink Corp. de Elon Musk pretende começar a colocar seu implante cerebral do tamanho de uma moeda em pacientes humanos dentro de seis meses. Durante um evento, Musk revelou que está trabalhando em dois grandes produtos, além da interface cérebro-computador: implantes que podem ser inseridos na medula espinhal e potencialmente restaurar o movimento de alguém que sofre de paralisia; e um implante ocular destinado a melhorar ou restaurar a visão humana. (Bloomberg)
