Há duas semanas, o município de Queimados na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, voltou a conviver com a insegurança e o medo. Desde 2019 a cidade estava vivendo com uma certa tranqüilidade. Mas, desde a noite da quinta-feira (08), feriado de Corpus Christi, moradores do programa habitacional do Governo Federal “Minha Casa Minha Vida” José Laurindo no bairro Jardim da Fonte, vem sofrendo com o medo e a tensão de ataques por parte de criminosos que trocam tiros em meio a vários prédios residenciais, onde moram muitos idosos com problemas sérios de saúde, crianças com deficiência e muitos acamados.
O medo de serem atingidos por estilhaço de granadas ou por balas perdidas que possam perfurar os vidros das janelas e as paredes é um dos maiores dilemas para quem tem um familiar acamado que precisa deslocar rapidamente para o chão dos apartamentos. Nas redes sociais moradores criticam a demora no atendimento por parta da Polícia Militar e a postura dos políticos do município.
Na noite deste domingo a cidade de Queimados foi marcada por execuções, três pessoas foram mortas, um adolescente de 12 anos, um mototaxista, ambos não tiveram suas identidades expostas, e uma terceira vítima muito conhecida chamada de “Miqueias”. Além das execuções, várias regiões da cidade passaram a conviver com o toque de recolher.
Nesta segunda (13), vários traficantes da facção criminosa Comando Vermelho voltaram a atacar um dos condomínios no bairro Jardim da Fonte, justamente no horário em que moradores começam a se deslocar para seus devidos trabalhos. Era por volta das 04h00 da manhã quando um ônibus que estava no ponto com passageiros aguardando a saída foi alvejado por tiros, o pânico se espalhou, mais felizmente não houve feridos.
Há relatos de moradores nas redes sociais, de que os criminosos gritavam: “vai morrer morador” como se fosse um ato de intimidação. Muitos moradores também relatam através das redes sociais que pediram socorro para a central de polícia 190 no momento em que ouviram os tiros, mais não foram atendidos de imediato.
O Estado vem sendo omisso e conivente com facções criminosas em todo o Rio de Janeiro, é inadmissível que o Governador Claudio Castro, Deputados Estaduais e Federais, Prefeitos e Vereadores eleitos no Rio de Janeiro, não tenham recursos para acabar com essa guerra que aumentou e se espalhou desde janeiro de 2023 gerando insegurança e ódio nos moradores dessas regiões. A falta de competência do Governador em controlar facções criminosas no Estado e a falta de programas de políticas de combate a criminalidade por parte do Governo Federal que também vem se mostrando omisso a essas demandas, faz com que cidadãos de bem se tornem reféns, percam seus empregos, idosos, crianças e até animais de estimação, venham sofrer com crises emocionais que resultam em síndromes como a do pânico, entre outras.
Vale ressaltar que ataques como esses, são terroristas, os criminosos não se importam com a vida de moradores que estejam saindo para trabalhar ou chegando da batalha, infelizmente a palavra mais sensata neste caso é “Terrorismo sim”. Moradores do residencial que um dia sonharam em conquistar sua casa própria, hoje, alguns mesmo sem a menor condição já pensam em abandonar seus apartamentos, com o medo da instalação da sigla criminosa CV na localidade, como todos sabem, onde se instala facções criminosas a lei do ir e vir, que é um direito constitucional, acaba.
A sociedade deve cobrar soluções imediatas aos políticos de plantão do município que ficam nas redes sociais mostrando suas realizações e repensar de forma séria quanto ao votar em candidatos que se apresentam em todos os anos eleitorais que não possuem compromisso com o povo queimadense, em último caso cidadão, se for preciso, não vote! Pague multa! Porque políticos que são omissos, coniventes e que não conseguem criar programas eficientes que possam pelo menos controlar esse tipo de ação criminosa por parte do crime organizado, não merecem o seu voto!
CONIVENTE:
1. que ou quem, sabendo de algo negativo a ser praticado por outrem, não faz nada para impedi-lo, embora pudesse fazê-lo; complacente, condescendente, transigente.
2. que ou quem é cúmplice; que ou quem se conluiou.