Genebra (EFE).- Cerca de 12.000 pacientes, um terço deles crianças, precisam de cuidados especiais e deverão ser retirados da Faixa de Gaza, segundo advertiu nesta sexta-feira em entrevista coletiva o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) nos Territórios Palestinos, Rik Peeperkorn.
Desde maio de 2024, apenas 480 pacientes foram evacuados, em comparação com os 4.700 que conseguiram sair antes do fechamento da passagem de Rafah, disse o representante da OMS, enfatizando que, “no ritmo atual, a evacuação pode levar cinco ou dez anos”.
A situação continuou muito difícil nas últimas semanas, acrescentou Peeperkorn, citando como exemplo que apenas 29 pacientes foram evacuados entre 27 de novembro e 24 de dezembro.
O funcionário da OMS disse que, quando o tão esperado cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrar em vigor, a agência de saúde está preparada para ampliar suas operações, “mobilizando suprimentos essenciais e respondendo às necessidades imediatas e aos esforços de recuperação”.
O próprio Peeperkorn disse na quinta-feira que seriam necessários cerca de US$ 10 bilhões para reconstruir o devastado sistema de saúde de Gaza nos próximos cinco a sete anos.
Para realizar seu trabalho, a OMS e outras agências precisam de “acesso rápido, sem obstáculos e seguro a Gaza”, insistiu Peeperkorn, que também pediu um aumento das contribuições financeiras da comunidade internacional para apoiar a recuperação do sistema de saúde em Gaza e para atender emergências humanitárias. EFE