O micro-ônibus Olli começará a ser testado em Washington DC, onde o público poderá fazer passeios e aprender mais sobre o veículo em uma fábrica do estado de Maryland.
A inteligência artificial Watson, da IBM, usa genética para ajudar no combate ao câncer, aprende idiomas e vence humanos em uma disputa de conhecimentos gerais. Seu trunfo é se comportar como um humano, porém de forma bem mais inteligente. Agora a startup de transporte Local Motors colocou o Watson ao volante.
O novo micro-ônibus elétrico Olli é autônomo e usa a famosa inteligência artificial da IBM. O veículo para 12 passageiros é produzido nos EUA, usando impressão em 3D na fábrica da Local Motors em Phoenix.
A startup é conhecida não só por sua inovação em modos de fabricação, como também por integrar inteligência artificial em seus veículos, e já trabalhou com a IBM e a Intel em um projeto chamado Rally Fighter.
O Watson não vai dirigir o ônibus por enquanto. O primeiro passo é usar a inteligência dele, emparelhada com 30 sensores no veículo, para analisar dados de transporte, reunir informações sobre a rota, e interagir com os passageiros:
Os passageiros poderão interagir com o Olli através de conversas enquanto viajam do ponto A para o ponto B, discutindo tópicos sobre como o veículo funciona, para onde eles estão indo, e porque o Olli está tomando determinadas decisões de condução. O Watson capacita o Olli a compreender e responder às perguntas dos passageiros ao entrarem no veículo, incluindo destinos (“Olli, você pode me levar até o centro da cidade?”) ou funções específicas do veículo (“como funciona este recurso?”, “quanto tempo falta para chegar?”). Os passageiros podem também pedir recomendações sobre destinos locais, como restaurantes populares ou locais históricos com base na análise de suas preferências pessoais. Estas interações com o Olli são projetadas para criar experiências mais agradáveis, confortáveis, intuitivas e interativas para os passageiros em sua jornada dentro de veículos autônomos.
Uma das maiores preocupações de quem usa carros autônomos é como se comunicar com o veículo, especialmente se ele não tiver volante – caso do Olli. É algo que o Google não abordou, pelo menos não publicamente.
É uma boa ideia deixar os passageiros se acostumarem com a ideia de conversar com o carro e confiar que ele os levará ao destino correto, e isso fica melhor com a voz bastante familiar do Watson. Este conceito deve ajudar o público a se sentir mais confortável com a tecnologia de condução autônoma em geral.
O Olli começará a ser testado publicamente em Washington DC, onde o público poderá fazer passeios e aprender mais sobre o ônibus em uma fábrica do estado de Maryland.
Depois de uma parada em Las Vegas, o Olli irá para Miami no final deste ano, onde ele vai transportar passageiros pela cidade, tornando-se um dos primeiros programas de ônibus autônomos nos EUA – há outro previsto no norte da Califórnia.