Pais e responsáveis de crianças com autismo que participam do projeto “Laço Azul” passaram por uma capacitação promovida pela equipe multidisciplinar do programa, realizado no Hospital Municipal Dr. Munir Rafful, em parceria com o UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda). Durante o curso, os participantes receberam orientações sobre como lidar com o desenvolvimento de crianças diagnosticadas com TEA (Transtorno do Espectro Autista).
“O curso tem o intuito de capacitar os familiares a lidarem melhor com os comportamentos dos filhos, orientá-los em como podem ajudar no repertório cognitivo e social das crianças, utilizando as melhores práticas para ajudar seus filhos a evoluírem cada vez mais, estimulando também os pequenos a desenvolverem ao máximo sua independência e autonomia”, destacou a diretora-geral do hospital, Márcia Cury.
Realizado há mais de um ano no Hospital do Retiro, o projeto “Laço Azul” oferece aos pacientes atendimentos com uma equipe formada por especialistas em fonoaudiologia, educador físico, psicologia, terapia ocupacional e psicopedagogia. O “Laço Azul” atende quase 600 crianças e auxilia no desenvolvimento da comunicação e na autonomia delas.
“Estamos trabalhando cada vez mais para amparar essas crianças e seus pais com atendimento de qualidade que eles tanto merecem. É carinho, respeito e inclusão. Volta Redonda é hoje uma referência na forma que lidamos com os autistas. Queremos deixar claro que eles não estão sozinhos”, destacou o prefeito Antonio Francisco Neto.
Projeto “Laço Azul”
O “Laço Azul” ensina, na prática, como eliminar comportamentos indevidos e ajuda as crianças a se comunicarem, brincarem e interagirem. O foco é a análise do comportamento das crianças e intervenção aplicada aos ambientes comuns, como sua própria casa e escola.
Dentre as técnicas informadas no programa, estão práticas que auxiliam nos comportamentos que interferem no desenvolvimento e integração do indivíduo diagnosticado com autismo (TEA), transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), dentre outras patologias.
Alguns comportamentos como os sociais: contato visual e comunicação funcional; comportamentos acadêmicos, como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática; atividades da vida diária, como higiene pessoal; e estereotipias que se tornam obstáculos na vida da criança, são habilidades tratadas no programa.