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Pesquisa avalia os impactos da guerra da Ucrânia no Brasil

Mudanças de hábitos e dificuldade para pagar contas essenciais são consequências da crise.

Desde 2021, a PROTESTE acompanha os efeitos da crise econômica na vida dos brasileiros. E, de acordo com os estudos realizados pela associação, desde então, o custo de vida no país tem colaborado para o endividamento. Recentemente, os brasileiros também enfrentam junto com o mundo os reflexos da guerra da Ucrânia, que ocorre no leste Europeu. A mais nova avaliação da associação aponta, exatamente, os efeitos do confronto no comportamento do consumidor. 

O estudo ‘Lidando com a crise inflacionária em curso – Mudanças no comportamento do consumidor em função do aumento generalizado de preços impulsionado pela guerra na Ucrânia’ veiculado em matéria do Valor Investe: Gastar Bem e Brasil e Política foi realizado em parceria com os membros do Grupo Euroconsumers – líder global em defesa dos direitos dos consumidores e organização da qual a PROTESTE faz parte. O levantamento foi realizado, em abril, em quatro países além do Brasil: Bélgica, Portugal, Itália e Espanha. 

No Brasil, o estudo contou com 1038 participantes e a pesquisa aponta que a maioria dos entrevistados: 91%, já mudou seu comportamento em relação ao consumo de bens e serviços desde início do ano – principalmente nas áreas de energia, alimentação e mobilidade. No grupo, 70% começaram a desligar eletrodomésticos ou já evitam a usá-los; 65% passaram a adquirir marcas mais baratas no supermercado; e 45% dos entrevistados evitam usar o carro em função do aumento do preço do combustível, enquanto 28% passaram a dirigir de forma mais econômica.

Mesmo com a piora indicada, o país que apresentou o maior percentual de consumidores cujo padrão financeiro melhorou no último ano – 16% dos brasileiros afirmaram ter havido progresso. Já em Portugal e na Espanha esse dado foi de 9%, na Bélgica de 8% e na Itália de 7%. Segundo Henrique Lian, Diretor de Relações Institucionais da PROTESTE: “o Brasil é um país de renda média e é fortemente impactado pela crise inflacionária, mas, ao mesmo tempo, em função de sua concentração de renda e oportunidades, apresentou o maior percentual de pessoas entre os países pesquisados cujo nível de vida permaneceu igual ou está melhor”. 

Apesar do índice positivo comparado aos europeus, ainda assim, a situação não é confortável. Quase um quarto de todos os entrevistados descreveu a situação financeira de sua família como difícil. Com relação as mudanças sentidas, 38,8% dos entrevistados acreditam que a situação piorou no último ano. E, mais da metade deles (58%) indicou não ter margens ou economias para lidar com futuros aumentos de preços. 

Da amostra, 44,8% não conseguiram, no último ano, chegar com dinheiro sobrando ao final do mês, e somente 12,3%, conseguiram fazer uma reserva considerando o período questionado. 

Sobre o futuro, os consumidores preveem mais dificuldades econômicas, pois quatro em cada cinco esperam que os preços da energia e dos combustíveis continuem aumentando. No geral, 73% têm receio de gastar dinheiro porque acreditam que tempos difíceis virão por causa da guerra da Ucrânia. O resultado do estudo pode ser lido na íntegra acessando o link. Confira aqui!

Quer saber mais? Associe-se e fique por dentro dos resultados dos testes comparativos feitos pela PROTESTE, realizados mensalmente com os principais produtos do mercado que fazem parte do dia a dia do brasileiro. Nossos especialistas avaliam as principais características dos itens em laboratórios credenciados por órgãos fiscalizadores.

Problemas com uma empresa? Conheça também o canal Reclame, espaço disponível para consumidores enviarem suas reclamações sobre problemas de consumo. A mensagem é encaminhada para a empresa em busca de uma resposta. Os associados PROTESTE possuem acompanhamento dos nossos especialistas em defesa do consumidor. Também é possível entrar em contato com o canal pelo 4020-7753.

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