Mais um caso, descoberto, de violência contra a mulher e cárcere privado no Rio de Janeiro.
Desta vez o caso ocorreu no Bairro São Francisco em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense na última quarta-feira, 26. Reginaldo Silva, de 54 anos, mantinha a esposa e suas duas filhas em cárcere privado há 15 anos. Em julho deste ano um outro caso parecido aconteceu na Zona Oeste do Rio, onde uma mulher e dois filhos foram prisioneiros por 17 anos. Luís Antônio Santos Silva foi acusado de deixar a mulher e os filhos amarrados e obrigá-los a viver em um ambiente insalubre. Os jovens não falavam e estavam em avançado estado de desnutrição. O caso chocou os agentes que receberam a denúncia.
Este novo episódio em Nova Iguaçu teve um desfecho onde culminou na prisão do acusado, após relato da filha para psicóloga sobre abuso que sofria do pai, segundo a Policia Civil. A denúncia contra o criminoso partiu da equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social da região.
Priscilla, de 35 anos, mulher do acusado, foi encontrada pelos policiais aparentemente dopada deitada na cama em um quarto. A mulher era mantida pelo marido em local insalubre, trancada dentro do cômodo.
No local, agentes encontraram diversos medicamentos sem nenhum tipo de identificação, sem nenhuma receita e sem validade. A Polícia investiga que substâncias, de fato, o criminoso dava para a vítima tomar. Além dos remédios, foram encontrados alguns animais vivendo no local insalubre.
De acordo com a investigação, além de manter a esposa em cárcere privado, o homem ainda pegava a pensão da mulher no banco e não repassava para ela.
“Esse autor, que é tão covarde, machuca a família como um todo, inclusive os animais domésticos. Nós esperamos que essa vítima se recupere, ela já está encaminhada por um psiquiatra, por psicólogos. Nós estamos muito felizes que finalmente ela se libertou do vulgo, não de um marido, mas de um algoz”, disse a delegada Mônica Areal.
