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Quem são os Judeus e quem são os Palestinos? Entenda!

Para você entender a atual situação da guerra entre Israel e Hamas é preciso primeiro voltar no tempo e conhecer a história de perto dos judeus ou de Israel ao longo dos séculos.

Há milênios passados, a região atual em que vivem os judeus no Oriente Médio chamado Palestina, viviam um povo chamados de hebreus, os  judeus ou israelitas, habitavam em Canaã território do atual Estado de Israel e Palestina, incluindo o território de Gaza, da Jordânia, Sul do Líbano e Síria,  aproximadamente 3.223 anos atrás. Na matéria estamos explicando em forma cronológica da história as origens e porque os Judeus são os reais donos da palestina.  

O período dos juízes

Nessa época a nação israelita já tinha uma forma de governo que eram chamados de Juízes.  Entre os anos de 1200 a.C. e 1030 a.C. as 12 tribos de Israel que foram escravizadas por séculos no Egito, formaram uma confederação. Cada tribo mantinha seu conselho de anciãos, mas era escolhido um líder da confederação, o juiz (geralmente cada juiz era um ancião da família mais importante). O juiz atuava quando ocorriam crises, como guerras contra outros povos e secas prolongadas. Entretanto, nas demais ocasiões, as principais decisões continuavam a ser tomadas pelos conselhos dos anciãos. Entre os juízes destacaram-se Sansão e Samuel. 

Organização social

A organização dessas tribos agrupava-se  em  12 tribos. Cada tribo era composta por famílias que se consideravam aparentadas (Neftali, Dã, Rúben, Aser, Zabulon, Isacar, Manassés, Efraim, Benjamim, Gade, Judá e Simeão), todas receberam o nome dos filhos de um homem que foi considerado um dos patriarcas que deu origem seus descentes aos Israelitas atuais, Jacó que também era chamado de Israel.  Cada tribo era comandada por um conselho de anciãos, entre os quais se escolhia um líder principal. As terras eram de propriedade coletiva de cada tribo. Porém algumas famílias de líderes guerreiros acabavam concentrando para si as terras mais férteis.

O grande inimigo: os filisteus

Nesse período, de aproximadamente 3.223 anos atrás, o povo de Israel tinha um inimigo muito forte e super avançado para a época em que viviam na região,os filisteus. Os mesmos eram oriundos da região do Mar Egeu e teriam se instalado na Palestina por volta do século XII a.C. Ali, os filisteus fundaram importantes cidades, como Gat, “Gaza”, Askalon, Ashod e Ekron, que se destacavam pela produção de cerâmica, pela metalurgia refinada, pela armas de guerras que possuíam e pela fabricação de azeite de oliva de alta qualidade.

A centralização política: período monárquico

Considerando as necessidades de reagir contra as invasões dos filisteus que cometiam crueldades, no século XI a.C. os líderes das tribos, os Anciões” juntamente com o povo de Israel começaram a defender a centralização de um governo e da política nas mãos de um rei. Assim, um dos juízes, chamado Samuel, teve a incumbência de escolher Saul para ser coroado rei de Israel, em 1030 a.C. para ser o primeiro rei, dando início a monarquia.

Saul governou entre 1030 a.C. e 1010 a.C.  (isso compreende-se 3.227 à 3.207 anos atrás). Nesse período, continuou a existir o conselho dos anciãos, que era responsável por declarar guerra, firmar tratados com outros povos e participar da celebração do culto ao Deus Jeová (Iavé).

Foto: Reprodução Mapas Google

Logo em seguida com a morte do rei Sau, reinou sobre Israel como nação, Davi, que trabalhava como um harpista na corte do rei Saul, mas se destacou na guerra contra os filisteus, no qual matou um guerreiro muito poderoso e forte com um altura que sobressaía aos demais chamado Golias. Por sua coragem, Davi ganhou muita fama no território dos israelitas e também em outros países da região. O guerreiro acabou se casando com Micol, a filha do monarca, que com a morte do pai de Micol, Saul, Davi se tornou rei, entre os anos de 1010 a.C. a 971 a.C. (isso compreende-se 3.207 à 3.168 anos atrás).

Davi foi um grande administrador conquistou a cidade de Jerusalém, graças a seu sangrento general Josué, fundada pelos jebuseus, transformou-a em capital do reino. Davi também expandiu as fronteiras por meio de inúmeras guerras, até mesmo contra os filisteus, e fez alianças com as cidades fenícias.

Davi além de grande governante, também se destacou na cultura dos hebreus. Além de músico, também era poeta. Compôs uma série de versos conhecidos como Salmos de Davi.

A pós o reinado de Davi, o trono foi ocupado por um de seus filho, Salomão  que ficou no poder entre 971 a.C. e 931 a.C. Foi o auge do poder monárquico em Israel. Salomão, reforçou o exército, ampliou a centralização do poder e dividiu o território das tribos em 12 estados, escolhendo os governadores de cada um estado e reforçou a estrutura militar.

No ano de 931 a.C., com a morte do rei Salomão, filho de Davi, a monarquia se divide, os estados voltam a ser tribos e constituem a formação de duas monarquias: o Reino de Israel que na partilha fica com dez tribos do norte e o Reino de Judá que fica com as duas tribos do sul. Os habitantes do Reino de Israel ficaram conhecidos como israelitas; e os habitantes do Reino de Judá foram chamados de judeus.

Após a divisão em dois reinos, enormes crises sucederam no ano de 721 a. C. A Assíria submeteu o Reino de Israel ao seu domínio, fato que levou ao desaparecimento das dez tribos. No ano de 596 a.C., o rei babilônico Nabucodonosor conquistou o Reino de Judá, submetendo-o ao chamado ‘Cativeiro da Babilônia’ (judeus prisioneiros na cidade-estado da Babilônia).

Os judeus foram libertados da Babilônia no ano de 538 a.C., após a conquista da Pérsia. Posteriormente, os judeus retornaram a Canaã hoje conhecida por Palestina, região que passou a ser dominada, no ano de 332 a.C., por Alexandre o Grande, rei da Macedônia. Em 63 a.C., os macedônicos e Canaã foram conquistados por Roma; e os judeus organizaram revoltas duramente repreendidas por Roma. Sendo expulsos da Palestina, foram obrigados a sair dispersos em busca de exílio pelo mundo, esse episódio é conhecido como diáspora que quer dizer dispersão.

Ocupando diferentes regiões pelo mundo, os judeus conviveram em pequenas comunidades. Apesar de não mais possuírem um Estado (território), eram considerados uma nação (povo) e procuravam conservar sua identidade cultural por meio da língua, religião, costumes e hábitos.  

Os judeus deixou como herança para o mundo ocidental sua conduta moral e ética, que influenciou o surgimento de duas das principais religiões da atualidade: o judaísmo e o cristianismo.

Na Europa medieval, ocuparam principalmente a região da Península Ibérica (Portugal e Espanha). Antes do ano 1000, tinham liberdade religiosa e influenciaram o desenvolvimento cultural e científico. No ano de 1095, começaram a ser perseguidos pelos cristãos católicos romanos, porque a Igreja Católica julgou os judeus como responsáveis pela morte de Jesus Cristo que também era judeu filho de uma judia chamada Maria. A partir desse fato, a civilização judaica sofreu constantes ataques nas cidades européias; enclausurando-se nos guetos, milhares de judeus foram vítimas da Santa Inquisição (Tribunal da Igreja Católica que julgava os hereges).

A parte mais irônica da história cristã na humanidade, é que a origem do cristianismo que conhecemos hoje tanto por católicos ou evangélicos, tiveram sua origem no judaísmo com as doutrinas ensinadas por Jesus Cristo e seus discípulos. Lembrando que Jesus por ser filho de uma judia, viveu como judeu, obedeceu todas as liturgias e doutrinas da religião dos hebreus, era considerado Rabi ou Rabino que quer dizer Mestre ou aquele que ensina, sendo considerado por cristãos do mundo todo como filho do Deus Hebreu. Foi perseguido e morto por Romanos que tinham domínio sobre todo o território palestino da época. No ano 313 d C, o imperador romano Constantino concedeu liberdade de culto aos cristãos, então perseguidos e torturados por sua crença por causa do Jesus judeu. O cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano através de ato instituído por Teodósio.

A partir da Idade Moderna, os judeus foram expulsos da Península Ibérica. A grande maioria das comunidades judaicas teve que se instalar em regiões protestantes (norte da Europa). Após o advento dos Direitos Universais do Homem, durante a Revolução Francesa, os judeus passaram a gozar de certa liberdade religiosa e desenvolveram várias atividades no continente europeu, em diversos setores, tais como: bancos e indústrias; além de atividades intelectuais, como: ciências, artes e filosofia (principalmente).

Com grande ascensão econômica e intelectual, no século XIX, vários países começaram a acusar a comunidade judaica de querer dominá-los. Nesse contexto, começaram a surgir idéias de aversão e preconceito contra os judeus (o antissemitismo). Ainda no século XIX, surgiu entre a civilização judaica o desejo de retornar ao seu território de origem, a Palestina onde por centenas de anos constituíram monarquia e era um país. O desejo de retornar ao seu território e criar um Estado Judaico cada vez se tornava maior e obtinham o apoio de várias comunidades judaicas pelo mundo. Era o ‘Sionismo’, milhares de judeus retornaram, fugindo do antissemitismo europeu.

No século XX, a comunidade judaica foi vítima de uma das maiores atrocidades da história, o chamado holocausto. Instituído pelo líder nazista alemão, Adolf Hitler, durante a II Guerra Mundial (1939-1945), seis milhões de judeus foram submetidos aos campos de concentração, sendo torturados e mortos em câmaras de gás, estuprados e castigados.

Após o término da guerra, o movimento sionista reivindicou à Organização das Nações Unidas (ONU) a criação do Estado de Israel na Palestina. No ano de 1948, foi criado o Estado Judeu – contrariando os palestinos e árabes que viviam na região e que se achavam donos da terra, que no entanto a história mostra e narra de forma direta o erro desse povo que ali estavam ocupando um território que nunca pertenceu a eles. milhares de judeus retornaram. A partir da criação do Estado de Israel, vários conflitos étnicos e guerras passaram a ser constantes na região conhecida como faixa de Gaza.

E em pleno século 21 no ano de 2023, estamos vivendo novamente o antissemitismo praticado por terroristas do Hamas que governam os palestinos em Gaza desde de 2007 e por parte do mundo Árabe mulçumano, incluindo Irã, Iraque entre outros, que nunca aceitaram o retorno de parte do povo de Israel, os Judeus, para seu território de origem, tendo em vista que ainda se encontram espalhados pelas nações, vários descendentes das 10 tribos que se perderam durante o domínio da Assíria.

A guerra entre Israel e o grupo Hamas teve início justamente no momento em que a Arábia Saudita estava prestes a reconhecer Israel oficialmente como um estado autônomo e independente. O acordo, apoiado pelos Estados Unidos, não agrada ao Irã, que é uma potência nuclear e não reconhece Israel como país.

FALANDO A VERDADE

O antissemitismo não é praticado apenas pelo Hamas, todos os palestinos  e boa parte dos países de origem árabe mulçumanos, não gostam de judeus e são doutrinados desde de pequenos a odiar suas crenças, sua cultura, sua ciência, sua filosofia, seu modo de viver e o Estado de Israel.

By Nelson Ferreira

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