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Centenas de pessoas se rastejam através do arame farpado para entrarem nos EUA

A busca por uma suposta "vida melhor" fora de seu país de origem leva pessoas, principalmente de países pobres, a ir as últimas conseqüências para chegar aos EUA.

Mesmo com regras severas e uma suposta mudança dramática nas políticas de imigração, tentar chegar nos Estados Unidos é o sonho e muitos. Muitos estão  na fronteira sul, outros estão esperando para tentar chegar pelo México mas, com a nova política o desespero é cada vez maior. Muitas  pessoas precisam, na maioria da vezes, aguardar sob um sol escaldante em um terreno baldio.

Fome, sede, exaustão e muito assustados, esse é o estado em que os migrantes passam para tentar cruzar a fronteira. Muitas famílias deixam a costa mexicana em direção ao Rio Grande com água na cintura e tentam evitar a linha de boias que o estado do Texas colocou para bloquear a passagem dessas pessoas.

Quem mais sofre com esta busca perigosa são as crianças levadas por suas famílias. Uma migrante, MiLexi Gomez, contou que viajou da Venezuela, levando seus quatro filhos pequenos por uma selva, carregando-os montanha acima e depois tendo que pular em cima de trens quando não podiam comprar passagens. Rosario Medina conta que, para conseguir comida para os netos, ela vasculha lixeiras e até juntado água para as mamadeiras no poluído Rio Grande, que divide os países.

Os migrantes precisam atravessar um rio mal cheiroso e depois rastejam na terra por uma pequena abertura na cerca de “arame farpado“. Famílias viajam com filhos pequenos enfrentando risco de contrair resfriados e outras doenças, e sem saber se irão conseguir alcançar seus objetivos.

A cerca de arame é uma das barreiras para impedir que os migrantes cheguem até a fronteira pois muitos conseguem “driblar”  as boias laranjas que se estendem por aproximadamente 300 metros. Elas são projetadas para girar caso alguém tente segurá-las, e em cada lado há discos de metal serrilhados.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos ordenou ao Texas que retire as boias, que considera um problema humanitário e também diplomático, pois vai contra os tratados fronteiriços com o México.

O governo do Texas, por sua vez, justificou que está protegendo a área. “Estamos autorizados a fazer o que estamos fazendo, proteger a fronteira“, disse Abbott, que culpa a administração do presidente americano, Joe Biden, pela crise migratória no país.

By Luciano Oliveira

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