Deputado federal André Janones (AVANTE/MG) e coordenador de mídias digitais da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a presidência, referiu-se neste último sábado (05/11), a uma “raça maldita” da qual pretende livrar o país. A declaração foi publicada em sua conta no Twitter. “Está sentindo? O cheiro de paz? E olha que a gente só se livrou de meia dúzia deles por aqui! Imagina quando o país estiver livre de toda essa raça maldita!”, escreveu o deputado.
Janones se referia à censura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a alguns conservadores, como a deputada federal Carla Zambelli e o deputado eleito Nikolas Ferreira. Janones foi um dos personagens mais destacados das eleições de 2022. O deputado defendeu o uso e divulgou abertamente uma série de fake news durante a campanha de Lula (PT). Ele foi criticado, inclusive, por simpatizantes da candidatura de Lula pela ostensiva defesa da prática das Fakes News.
Declaração de Janones reedita fala do então Senador Jorge Bornhausen (PFL/SC). Em 2006, Bornhausen era um dos líderes da oposição ao Governo Lula e disse: “Vamos acabar com essa raça [do PT]. Vamos nos livrar dessa raça [do petismo] por, pelo menos, 30 anos”. Na ocasião, Bornhausen foi alvo de uma intensa campanha do PT e da grande mídia contra a declaração. O partido o comparou a Adolf Hitler. O então ministro do Trabalho de Lula, Luiz Marinho, declarou: “Ele [Bornhausen] tem saudade de Hitler”.
Em Brasília, cartazes que comparavam o então presidente do PFL a Hitler foram colados pela capital. Nos cartazes foram incluídas referências sobre negros, operários e pobres, aos quais Bornhausen não havia se referido. Como sempre, apoiadores da esquerda pode falar o que quer, vandalizar patrimônios históricos, demonstrar nudez em público como ato de protesto e nunca são criticados pelas grandes mídias ou pelos que outrora criticaram o Senador Bornhausen.
A falta do enquadramento da lei em casos de violência digital decorrido de ameaças faz com que pessoas como Janones tenham um comportamento perigoso e descontrolado. O duplo padrão da militância seguirá sendo a regra das redações e da ação política da esquerda. Lamentavelmente passou a ser um padrão na educação e ética da grande maioria dos profissionais que atuam no jornalismo brasileiro.