O presidente Lula tem causado desconforto econômico no país em suas entrevistas. A mais recente foi a de ontem, ao Globo News, onde afirma que os empresários só “ganham dinheiro porque os trabalhadores dele trabalharam”. Para Lula, a responsabilidade social e a responsabilidade fiscal são antagônicas por causa da “ganância dos mais ricos”.
Em outro ponto da conversa, Lula afirmou que quem faz o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescer não são os empresários, mas sim os trabalhadores. Lula criticou ainda a independência do Banco Central.
Seria cômico se não fosse tão trágico, a falta de senso nas falas do presidente quando se trata de economia. Pra cumprir suas muitas promessas infundáveis de campanha, Lula “parece” não se aperceber do risco em que está colocando o futuro econômico do país, tentando focar somente na área social, defendendo um discurso velho do PT, abrindo mão se for necessário do ajuste fiscal para bancar seus programas sociais. Se continuar neste discurso antigo e obsoleto, o resultado será, a médio prazo, mais inflação e menos crescimento.
Nesta quarta, 18, o mercado já havia reagido mal às declarações de Lula após reunião com sindicalistas, ao falar em garantir uma faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
A medida foi uma promessa de campanha, só que ela representa uma perda de receita R$ 110 bilhões por ano para o governo.
Economistas questionam de onde o governo vai tirar tanto dinheiro para financiar a medida, que social e politicamente está correta, mas dificilmente seria viável economicamente.
Um dos principais temores dos economistas é o presidente tirar toda a credibilidade da equipe econômica comandada hoje por Fernando Haddad, enquanto Haddad tenta ganhar credibilidade, Lula parece jogar contra seu ministro da Fazenda.
Hoje, em um mundo capitalista e globalizado, pensamentos como o de Lula são economicamente inviáveis e podem levar o país a um futuro desastroso.