Até que ponto um questionamento pode ser tornar uma hostilização? Uma pessoa hostilizada pode dizer que foi agredida?
A jornalista Vera Magalhães publicou em suas redes sociais um vídeo onde alega ter sido “agredida” pelo deputado estadual Douglas Garcia. No vídeo o deputado aprece fazendo questionamentos a Vera Magalhães sobre seu contrato de trabalho e tem seu telefone celular arrancado de sua mão e lançado longe pelo apresentador Leão Serva, que mediava o debate. Leão Serva além de tomar o celular do deputado também proferiu palavras de baixo calão contra o mesmo.
O deputado estadual Douglas Garcia do partido Republicanos, que faz coligação no Governo de São Paulo com Bolsonaro para lançar Tarcísio de Freitas que foi ministro da Infraestrutura até se lançar candidato, bem como o mesmo foi diretor executivo e diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes durante o governo Dilma Rousseff (PT), ambos apoiadores do presidente Bolsonaro a reeleição,
A jornalista se sentiu agredida após o deputado lhe dizer que ela seria uma vergonha para o jornalismo brasileiro. Vera Magalhães se manifestou no Twitter: “Não tenho medo de homem que ameaça e intimida mulher”, e afirmou que precisou sair escoltada por seguranças do Memorial da América Latina – local onde aconteceu o debate – a jornalista diz que irá registrar um boletim de ocorrência pela ameaça sofrida. “Um país que condescendendo com esse tipo de ameaça à imprensa não é uma democracia plena. Basta!”, adicionou a jornalista.
O momento político contribuiu para que houvesse um episódio como este, jornalistas imparciais que atacam o tempo todo a gestão presidencial e apoiadores do atual governo, que na ânsia de se defenderem, acabam retratando uma situação como esta que ocorreu entre o deputado e a jornalista.
