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Mais uma vez as águas do Guandu se tornam cenário de risco à saúde humana e gera a interrupção do abastecimento

Segundo presidente da Cedae, Aguinaldo Balun, o ocorrido provavelmente foi um despejo pontual de um surfactante diretamente no Rio.

Nesta segunda-feira (28), o abastecimento de água da Estação de Tratamento (ETA) Guandu, foi interrompido às 5h30. A Cedae responsável pela Estação de Tratamento está acompanhando de perto focos de espumas brancas no rio, o Guandu atende 13 milhões de pessoas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Para garantir a segurança hídrica da população, a Cedae decidiu fechar preventivamente a captação de águas para serem tratadas, desviando a água suja para as comportas da descarga. Dependendo do estado de contaminação das águas do Rio, o fornecimento continuará interrompido por mais 72 horas, para garantir o tratamento da água de forma adequada para poder chegar normalmente a todos os consumidores.

O risco que as águas do Guandu gera é algo muito difícil se entender, a falta de transparência por parte da  Cedae que não informa de forma clara de que maneira essas águas são tratadas e nem quantos componentes químicos são usados para tornar as mesmas em condições potáveis, tendo em vista que o número de rios e afluentes poluídos e contaminados que desembocam no Guando são vários.

Segundo testes realizados Em 2021 por um engenheiro químico da Uerj, solicitado pelo RJ 1 e noticiado no portal G1, a contaminação da água é intensa, a sujeira no  Rio Guandu que abastece a maior parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro está fora de controle, que a água ‘sequer poderia ser coletada’. Na época afirmou Gandhi Giordano.

No começo de 2020 moradores da Baixada e do município do Rio de Janeiro recebam em suas torneiras uma água apresentando cheiro forte, coloração turva e um gosto desagradável por semanas, o momento ficou marcado como a contaminação por “Geosmina”. Na época, a situação se tornou o terror dos que consomem das águas tratadas do rio, fezendo com que houvesse uma corrida desenfreada na compra por água mineral, ocasionando uma das maiores crises hídrica no Estado.

Após um ano, em 2021 propriamente dito, os moradores voltaram a ter problemas de cheiro forte, gosto de terra nas águas fornecida pela Estação de Tratamento Guando (ETA).

Infelizmente o problema começa longe, com a captação das águas mais poluídas do Rio de Janeiro, o Rio Paraíba do Sul,  que teve seu curso natural (1949), desviado para a implantação do CTA, a Transposição para o Rio de Janeiro (1953) que formou a represa do Ribeirão das Lages.

Em algumas regiões as águas do Paraíba do Sul  se tornaram tão poluídas, que deixou de ter vida. O Rio Paraíba do Sul recebe poluição de  inúmeras indústrias Químicas,  Indústrias Nucleares, várias outras coisas, todas extremamente comprometedoras da qualidade da água da Bacia que é o principal para o fornecimento de águas potáveis para o Rio de Janeiro.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) já foi notificado para a tomada das devidas providências. As concessionárias Águas do Rio, Iguá e Rio+Saneamento, responsáveis pela distribuição de água nas regiões atendidas pelo Sistema Guandu, também foram comunicadas. Segundo Daniel Okumura, diretor de Operações e Grande Saneamento da Cedae, a espuma veio de “um surfactante [detergente]”.  O lançamento do surfactante é um crime ambiental e já esta sendo investigado para localizar quem foram os responsáveis por mais esse acidente hídrico no Estado.

By Redação do Folha Kariocas

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