Após estar décadas no poder, de 6 de fevereiro de 1952 à 8 de setembro de 2022, Elizabeth II morre aos 96 anos. A rainha estava sob cuidados médicos no palácio de Balmoral na Escócia. Algumas horas antes da confirmação da morte da rainha, o Palácio de Buckingham havia informado que os médicos estavam “preocupados” com a saúde da rainha Elizabeth II.
A informação sobre a morte da rainha foi divulgada no perfil oficial da família real britânica no Twitter. A mensagem publicada no Twitter diz que “a Rainha morreu tranquilamente em Balmoral nesta tarde. O Rei e a Rainha Consorte permanecerão em Balmoral nesta noite e retornarão a Londres amanhã”.
A última aparição da rainha foi na comemoração dos seus 70 anos de reinado, o Jubileu de Platina. Como manda a tradição Elizabeth seria a responsável por inspecionar e acompanhar a cavalo as tropas que participam do desfile. Porém, por causa do estado de saúde da monarca, o protocolo foi cumprido pelo então herdeiro do trono, o príncipe Charles. Ele foi acompanhado pelo filho William e pela irmã Anne.
SUCESSÃO DO TRONO
O príncipe Charles, primogênito da monarca, assume o trono aos 73. Ele ocupa o trono após o reinado mais longo da história do Reino Unido, que durou mais de sete décadas. Segundo o jornal britânico “The Guardian”, o novo rei se chamará Charles III. Ele já fez seu primeiro pronunciamento.
HISTÓRIA
Elizabeth Alexandra Mary nasceu em 21 de abril de 1921, era a primeira filha do duque e da duquesa de Iorque, mais tarde rei Jorge VI e rainha Isabel). O seu pai subiu ao trono em 1936 após a abdicação do irmão, Eduardo VIII, tornando a princesa Isabel na herdeira presuntiva do trono britânico. Isabel foi educada particularmente em casa, começando a exercer funções públicas durante a Segunda Guerra Mundial, servindo no Serviço Territorial Auxiliar. Em novembro de 1947, casou-se com Filipe Mountbatten, ex-príncipe da Grécia e da Dinamarca, em um casamento que durou 73 anos até a morte de Filipe em 2021. Tiveram quatro filhos: Carlos, Príncipe de Gales; Ana, Princesa Real; o príncipe André, Duque de Iorque; e o príncipe Eduardo, Conde de Wessex.
Quando o seu pai morreu, em fevereiro de 1952, Isabel, então com 25 anos, tornou-se rainha reinante de sete países independentes dos Reinos da Comunidade de Nações: Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Paquistão e Ceilão, bem como a chefe da Commonwealth. Reinou como monarca constitucional por meio de grandes mudanças políticas, como os problemas na Irlanda do Norte, a devolução no Reino Unido, a descolonização de África e a adesão do Reino Unido às Comunidades Europeias e a retirada da União Europeia. O número de seus reinos variou ao longo do tempo à medida que os territórios conquistaram a independência e alguns reinos se tornaram repúblicas. As suas muitas visitas e reuniões históricas incluem visitas de Estado à República Popular da China em 1986, à Federação Russa em 1994, à República da Irlanda em 2011 e visitas de ou para cinco papas.
Na sua vida pessoal destacam-se os nascimentos e casamentos de seus filhos e netos, a investidura do Príncipe de Gales e a celebração de marcos como seus jubileus de Prata em 1977, Ouro em 2002 e Diamante em 2012. Momentos de dificuldade incluem a morte do seu pai aos 56 anos, o assassinato de Luís Mountbatten, tio do príncipe Filipe, o fim dos casamentos dos filhos em 1992 – ano que a própria rainha classificou como annus horribilis – a morte em 1997 de Diana, Princesa de Gales, ex-mulher de Carlos, e as mortes de sua irmã e mãe em 2002. Isabel ocasionalmente enfrentou movimentos republicanos e pesadas críticas a família real, porém o apoio a monarquia e sua a popularidade pessoal permaneceram altos até ao fim da sua vida.