Após a vitória de Giorgia Meloni como nova premiê da Itália do partido de extrema-direita, “Irmãos de Itália“, analistas projetam e acreditam que haverá um provável realinhamento da posição da Itália com uma maior proximidade de países da ala mais conservadora da União Europeia.
O partido da premiê Giorgia Meloni “Irmãos de Itália“, é um partido conhecido de extrema-direita que se tornou um grande aliado do partido “Lei e Justiça” que também é de extrema-direita na Polônia, tanto que os primeiros líderes estrangeiros a parabenizar a premiê pela vitória nas eleições, foram os primeiros-ministros da Polônia, Mateusz Morawiecki e da Hungria, Viktor Orbán.
Provavelmente haverá uma virada na política da Itália para uma posição mais eurocética nas questões referente aos imigrantes e das políticas de direitos civis e das minorias, diz os analistas. Além da Itália, Polônia, Hungria, também junta-se a este grupo de extrema-direita o novo governo da Suécia.
Com a vitória de Meloni, surge um novo grupo soberano de países governado por partidos de extrema-direita com mais força e representividade dentro da UE.
É bem provável que a clara posição de apoio à Hungria já é bem notável, para que haja em um futuro próximo o fortalecimento do grupo de conservadores de extrema-direita dentro do Bloco, com isso, algumas ideologias acerbadas que vem causando discussões e desgaste político entre membros da UE, podem estar com os dias contados.
A União Europeia pode também estar com sua posição sobre a guerra na Ucrânia de forma ameaçada com a vitória de Meloni.
Os problemas sociais que vem se alastrando no bloco por consequência das sanções impostas a Rússia, Inflação altíssima, os efeitos da pandemia que ainda podem ser vistos em alguns países e as queimadas devastadoras que causaram prejuízos enormes para a economia do bloco, vem causando o desgaste político de alguns países e a insatisfação da grande parcela da população europeia, com isso pode ocasionar o fortalecimento de novas ideias com o surgimento deste grupo de extrema-direita em relação as sanções contra a Rússia por exemplo, em uma tentativa de travar os reflexos na economia.
Os analistas estão bem pessimistas em relação ao novo modelo econômico que pode ser adotado pelo governo de Meloni, alguns veem uma projeção no corte de impostos a criação de um imposto único, que inclusive foi promessa de campanha, ao mesmo tempo temem a redução das receitas para o orçamento do próximo ano que inclui o aumento do défice orçamentário e o aumento da dívida pública face ao PIB.
A Itália pode viver um novo capítulo da história do Bloco da UE com a chegada do governo Meloni, gerando incertezas políticas junto ao bloco.
A Comissão Europeia diz estar pronta para trabalhar com qualquer governo eleito em um Estado-membro, mais não afasta as dificuldades que podem ter com Meloni e seus ministros a frente da Itália e com aproximação de outros países do bloco que são governado pela extrema-direita.