Após a renúncia de Caio Paes de Andrade da presidência da Petrobras nesta quarta, (4), e a chegada do senador Jean Paul Prates (PT-RN), que ainda precisa ser homologada pelo Conselho de Administração, ainda é vista com cautela pelo mercado por conta da falta da sinalizações concretas de como será a gestão mais política da estatal.
O anúncio do senador Prates à presidência da estatal foi visto como uma possível intervenção do governo na mesma, um procedimento que é vedado pelas leis das estatais. O artigo principal da legislação proíbe a indicação de políticos para cargos de alta patentes em empresas públicas.
A preocupação do mercado é de de que uma gestão menos alinhada “ressuscite” os escândalos de corrupção do passado.
A Petrobras em si é a maior preocupação por reavivar os desvios de recursos descobertos pela Operação Lava Jato. Ela perdeu um quarto do valor de mercado em menos de dois meses desde a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência.
A queda nas ações continuou na volta aos trabalhos da bolsa de valores em 2023, com uma perda de R$ 22,8 bilhões apenas no primeiro dia de pregão na terça (3). Na quarta (4), operou em baixa durante a manhã e só reverteu a queda à tarde após Prates afirmar à Bloomberg que não haverá intervenção direta nos preços dos combustíveis e nem desvinculação dos preços internacionais.
FONTE: GAZETA DO POVO