Na noite desta terça-feira (20), moradores das quadras B e A do Conjunto Habitacional Parque Valdariosa no município de Queimados na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, promoveram um apitaço e panelaço em protesto por causa do término das obras inacabadas de reforma dos condomínios I, II e III por meio do Programa Casa da Gente, executado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras, que deixaram para trás muitos problemas para serem resolvidos. Os trabalhadores se foram e parte do prometido por parte do Governo do Estado, nada aconteceu.
Construído pelo Programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ em 2012, o Conjunto Habitacional Parque Valdariosa é formado por três condomínios (Parque Valdariosa I, II e III) constituídos por 25 edifícios com 20 apartamentos cada, até então, não haviam passado por nenhuma reforma nesses últimos 11 anos. São mais de 1500 famílias residindo nos condomínios que se dividem em três quadras A, B e C, cada quadra possuem 500 apartamentos onde residem 500 famílias, muitas dessas famílias estão impossibilitadas de morarem em seus apartamento por causa do esgoto, das infiltrações e até rachaduras.
Os problemas que os moradores idosos, doentes, pessoas com deficiência e crianças enfrentam são enormes, vários desses moradores que residem no primeiro andar dos blocos, ainda precisam conviver com os estragos e prejuízos que foram causados por causa da falta da reforma prometida na rede de esgoto, a tubulação não comporta mais por ser inapropriada para locais com grande quantidade de residências como um bloco que possue 20 apartamentos divididos em cinco andares.
Uma obra meramente eleitoreira foi lançada em 2022 pelo Governo do Estado Cláudio Castro, com um investimento de quase R$16 milhões de reais, a pergunta que se faz é: foi gasto todo esse valor? O Governo do Estado se comprometeu em reformar os condomínios I, II e III por meio do Programa Casa da Gente, executado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras. Entre as melhorias prometidas, estavam incluídas no projeto, a revitalização dos telhados, manutenção das redes de esgoto e caixas d’água; pavimentação das vias internas; revitalização dos muros, calçadas e área gourmet; pintura de fachadas, corredores e saguões.
No entanto os moradores vêm questionando a eficácia da reforma, os telhados continuam com problemas de vazamento e muitos moradores que residem no quinto andar dos prédios sofrem quando chove porque veem seus apartamentos alagados, esse tipo de situação deveria ter sido resolvida com a troca de telhas durante a reforma. Outra reclamação é que as tintas que foram utilizadas para a pintura das fachadas dos prédios são de péssima qualidade, já estão com aparência de velha, estão desbotadas, sem falar da rede de esgoto e da Caixa d’água que era uma promessa de reforma e melhorias e que não aconteceu, continua tudo entupido e a Caixa d’água corre o risco de desabar sobre moradores.