Natural de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o deputado Wellington José nasceu em 20 de agosto de 1973 e vive, até os dias atuais no bairro. Em 2008 Wellington candidatou-se a vereador e também em 2012. Em 2018 se candidatou mais uma vez mas para concorrer a deputado federal. Já em 2018 a deputado estadual, assumindo a suplência da deputada Marina Rocha (PMB), eleita prefeita de Guapimirim em 2020.
Sua vida política começou através de ações junto às igrejas da região em comunidades carentes. Desde o início de 2021, assumiu o seu primeiro mandato na Alerj e, em apenas seis meses, se destacou no parlamento por ser o autor da lei que cria a primeira Patrulha Protetora dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes do País, a já batizada “Patrulha Henry Borel”.
Atualmente, no Podemos, é autor/coautor de outras 32 matérias relevantes que visam benefícios a diferentes segmentos da sociedade. Em entrevista, Wellington José aborda um pouco de como foi seu trabalho na casa de leis do Estado do Rio de Janeiro.
Seu mandato ficou conhecido pela lei que criou a 1a Patrulha da Criança do País. O que lhe levou a abraçar essa causa?
Deputado Wellington José: Eu foquei o meu mandato na proposição de leis e políticas públicas que mudassem, efetivamente, a vida da população do Rio. Em todas as trocas que tive com a minha equipe, para formatarmos todos os projetos de lei que protocolaríamos na Alerj, a relevância era a principal premissa que eu buscava para seguir adiante. Como vice-presidente da Comissão dos Assuntos da Criança, dos Adolescentes e dos Idosos eu me deparei com dados assustadores sobre menores que se tornavam vítimas fatais de maus tratos: são 103 mil/ano e em, aproximadamente, 75% dos casos, os agressores são os pais ou seus companheiros, segundo dados de entidades especializadas como a Fundação para Criança e Adolescente e a Sociedade Brasileira de Pediatria. Isso mexeu demais comigo como pai, ser humano e político. Senti que eu não poderia entrar e sair da Alerj e dessa comissão ignorando esses dados. Foi aí que criei a lei que cria a 1a Patrulha Protetora da Criança e do Adolescente do país, como uma resposta acolhedora que visa a prevenção da vida de quem pouco pode se defender.
E como essa política pública funcionaria, na prática?
Deputado Wellington José: O estado atuaria com a estrutura que já possui. As denúncias chegariam, com garantia de sigilo aos denunciantes, via canais já conhecidos da população como 190 e Disque-Denúncia. Agentes qualificados por meio de convênios com órgãos como os conselhos tutelares e as delegacias especializadas cuidarão da demanda e se deslocarão até a ocorrência, visando apurar os fatos, interromper o ciclo de violência, punir culpados e preservar a vida do menor. Mesmo não necessitando de estrutura extra, já que a pré-existente atende à iniciativa, destinei R$ 2,7 milhões, por meio de emenda, para viabilizá-la. A proposta é simples assim: adequar a polícia, capacitando-a, para que ela atue de maneira protetiva, eficaz e zeladora da vida das nossas crianças.
E, além dessa, quais outras bandeiras você defendeu e pretende continuar defendendo?
Deputado Wellington José: O cuidado com os menores, com os idosos, PCDs e com os animais, além do fiel compromisso com o povo do Rio para legislar por eles e em nome deles, realmente. Também defendo a melhoria da Segurança para o nosso estado. Eu estive deputado estadual nessa 12a legislatura e concluo meu primeiro mandato com a cabeça erguida e muito feliz pelo caminho trilhado até aqui. E já preparo meus próximos passos com responsabilidade e o compromisso de sempre. 2024 é logo alí! (rs).
É verdade. O zelo pelos idosos também o tornou conhecido após a sanção do programa de Capoterapia, que o senhor trouxe para o RJ. Nos conte um pouco mais sobre ele.
Deputado Wellington José: Sim. Essa foi mais uma contribuição positiva do meu mandato para os idosos e as pessoas com deficiência. A Capoterapia, integrada aos SUS, visa retirar essa parcela da população das filas das Clínicas da Família levando-as às praças e demais espaços públicos onde elas poderão fazer exercícios adequados às suas condições, além de retomarem as suas vidas sociais. É um ganho para a saúde física e mental.
E quanto à Segurança, o senhor deixa a Alerj sendo um dos que mais defendeu a expansão de programas como o Bairro Seguro e o Segurança Presente para o estado.
Deputado Wellington José: Exato. Quando eu assumi o mandato, as carências dos cariocas e fluminenses eram muitas e a Segurança era uma das principais delas. Eu solicitei a expansão desses programas por acreditar piamente na eficácia deles. Recentemente estive em Nilópolis para prestigiar o anúncio da chegada do Segurança Presente e a reação que percebi, das ruas, é de que estou certo em minha avaliação. As pessoas comemoram essa aquisição e por isso eu parabenizo ao Governo do Estado pelos avanços nesse sentido.
Nesse ano o senhor não estará na Alerj, mas já anunciou seu apoio ao provável presidente Rodrigo Bacellar, certo?
Certíssimo. O Rodrigo é um cara competente, exímio conhecedor das necessidades do Rio de Janeiro e tenho certeza que somará esforços junto ao Cláudio castro para que o Rio continue a dar certo! Tenho grande confiança nesses dois.