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Lula é diplomado com um país dividido, a sua maior derrota

Em meio a protestos, manifestações em frente a quartéis das Forças Armadas espalhados por todo o país e em Brasília, milhões de brasileiros que votaram em Bolsonaro e que não aceitam a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foi o cenário de sua diplomação.

O presidente eleito e diplomado nesta segunda-feira (12) Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem um grande problema social à vista, a divisão da sociedade brasileira em dois grupos: seus apoiadores chamados de petistas e conhecidos por defender ideais da ala da esquerda brasileira e os apoiadores do atual presidente da república Jair Messias Bolsonaro (PL) conhecidos por serem chamados de “Bolsonaristas” e por defenderem ideias conservadoras e cristãs, ocupam a ala da direita brasileira, onde levantam a bandeira em defesa de D’us, da família tradicional, da pátria e da liberdade de expressão. Ao contrário dos anos que Lula governou o país durante dois mandatos (2003 até 2006, e de 2007 até 2011), que tinha as diversas camadas da sociedade bem coesa ao entorno do seu nome e de seu governo, Lula já é diplomado com um grave problema junto ao seu nome e de sua popularidade, até mesmo entre a maioria que diz ter votado em Lula por faltar opções, encara com desconfiança o seu futuro governo.

Nunca no Brasil houve uma divisão entre a sociedade de forma tão clara e significativa. Bolsonaristas estão nas ruas desde o fim do segundo turno das eleições afirmando ter havido fraudes nas urnas. Nem mesmo a chuva, o vento, o frio e a falta de recursos financeiros foram capazes de afastar essa multidão que se formou na frente dos quartéis das Forças Armadas em todos os Estados brasileiros e em algumas regiões, ocupam as Rodovias Estaduais e Federais dividindo entre caminhoneiros que também resolveram cruzar os braços. Todos são convictos do idealismo que buscam, impedir que Lula assuma a cadeira de presidente da república e passe a governar o país.

O presidente mais querido do Brasil Jair Messias Bolsonaro (PL), mesmo derrotado no segundo turno para o atual presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mantém sua popularidade entre seus eleitores e simpatizantes, conseguindo ser o assunto mais comentado e discutido nas redes sociais. Nunca houve um governo que conseguisse atrair tanto à atenção do povo brasileiro e de várias nações em continentes diferentes. Para Lula já é um grande obstáculo mesmo sendo apenas diplomado. Bolsonaro conseguiu eleger a maior bancada da Câmara e do Senado em Brasília, formando a maior base de oposição no Congresso Nacional contra Lula. Mesmo Lula tendo vários políticos aliados nos estados, municípios e no Congresso onde forma a segunda maior bancada política, com toda essa pressão popular junto a nova configuração política em Brasília e no estados onde houve muitos candidatos aliados de Bolsonaro eleitos, terá um pepino para tentar descascar e fazer com que a engrenagem da nação continue funcionado.

A recepção que Lula teve em sua diplomação no TSE não foi a que se esperava no início da sua campanha e nem chegou perto do que tinham planejado. Manifestantes que se concentravam em Brasília protestando justamente contra o resultado das urnas e a diplomação do presidente eleito, passou para a imprensa internacional a fragilidade que se encontra a democracia no Brasil. São milhões de brasileiros acampados em Brasília, vestindo a famosa camisa verde e amarela e em suas mãos a bandeira nacional, símbolo do orgulho do patriotismo resgatado por Bolsonaro entre todas as camadas da sociedade, tudo isso faz com que se enxergue que o Lula de 2003 à 2011 não é mais o mesmo, e a difícil tarefa de unir o Brasil será impossível. Uma recente histórica fatídica que sobreveio na vida pessoal e política do presidente eleito, onde o mesmo foi investigado, criminalizado, preso e condenado em duas instâncias federais por corrupção, mesmo que o STF que o criminalizou tenha arquivado sua condenação, faz com que o Lula de ontem se perca em sua versão atual que possui a difícil tarefa de uma governabilidade futura.

Mesmo que Lula tenha uma antigo inimigo político que hoje é considerado sua ferramenta principal para negociar junto com as bases no congresso o seu vice-presidente aleito e diplomado Geraldo Alckmin (PSB), seria impossível haver uma governabilidade segura e coesa como o mesmo afirmou em seu discurso de diplomado no TSE, alguns analistas afirmam que o único recurso que futuramente Lula teria é sua aproximação com o STF, que nem mesmo o partido que o elegeu o PT e partidos de sua base aliada poderiam ajudá-lo em uma governabilidade tranquila e segura. A palavra de ordem que Lula usou nesta segunda durante sua diplomação foi, “vamos unir o Brasil!” No atual cenário, seria impossível mesmo que usasse todo o seu esforço, o Brasil de ontem mudou, cresceu, evoluiu, com todos os problemas sociais que ainda existem, a mentalidade do povo se tornou mais apurada, crítica e conhecedora de seus valores.

By Nelson Ferreira

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