A Procuradoria Geral da República (PGR), entrou em guerra contra o Supremo Tribunal Federal por causa de pedidos de investigação e afastamento do diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques e contra o Ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira na última quinta-feira (17/11). A PGR pediu para que o Ministro Alexandre de Moraes não dê prosseguimento aos pedidos feitos pelo senador Randolfe Rodrigues e pelo deputado federal Marcelo Calero.
Segundo fontes em Brasília, o posicionamento firme da PGR causou um grande desconforto em integrantes de partidos de esquerda que vem sustentando pedidos de investigação e afastamento. existe uma pressão psicológica que se tornou uma verdadeira campanha criada por deputados e senadores que a todo momento estão batendo nas portas do Ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, para que determinados pedidos, alguns até inconstitucionais sejam cumpridos.
No documento, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, disse que os pedidos feitos pelos parlamentares não tinham conexão com o inquérito no qual foram apresentados — o que apura a existência de uma milícia digital. “As novas noticias criminis em questão também não trazem fatos a serem contemplados por esta investigação, já que não veiculam elementos concretos e reais de inserção em uma organização criminosa que atenta contra a democracia e o estado de direito”, disse Lindôra.
A vice-procuradora ainda afirma: “o tempo vem evidenciando que, sob a motivação de apuração de ataques contra a Democracia e o Estado de Direito, determinadas investigações têm angariado objeto amplo e periodicamente modulado, para alcançar fatos e pessoas distintas, em pontos de investigação separados por apensos e novos procedimentos investigatórios criminais, sem relação de conexão ou continência”.
Um dos pedidos foi feito pelo senador Randolfe com o intuito de apurar operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal no dia das eleições que pararam alguns ônibus que tinham sido alvo de denúncias por ter supostos suspeitos, que no ponto de vista do senador, a ação teria sido realizada para supostamente impedir o livre exercício do voto por eleitores de classe social pobre que estariam votando em Lula que foi eleito presidente, quando a PRF segundo ele, não adotaram ações para combater os bloqueios de inúmeras rodovias federais por manifestantes contrários ao resultado das urnas.
No caso de Calero, a motivação para o pedido de investigação e afastamento contra o ministro da defesa é por causa da fiscalização e do resultado emitido por equipes técnicas das Forças Armadas sobre o sistema eletrônico de votação.