A teoria de agradar a um deus e a um demônio continua no comando do Estado do Rio de Janeiro, Nesta terça (31), o nome do Secretário Estadual de Agricultura, Jair Bittencourt (PL), foi lançado com o apoio do governador que estará disputando a presidência da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) com o deputado Rodrigo Bacellar do mesmo partido.
Tudo começou através de uma conversa com o governador Cláudio Castro também do PL, onde foi colocado que o secretário estadual de Agricultura, Jair Bittencourt (PL), seria mais próximo de bancadas de oposição ao governo Claudio Castro, que representam os partidos do centro e do centro-esquerda que precisam ser alcançados para unir forças com Castro no comando do Estado, o mesmo também recebeu apoio em sua candidatura ao governo do estado, dessas mesmas siglas partidárias de centro, centro-esquerda e até da esquerda, tudo pela governabilidade do controle e domínio de todo o Estado.
Já o deputado Rodrigo Barcellar representa a típica bancada da direita bolsonarista, onde o mesmo não teria a simpatia das bancadas do centro e centro-esquerda que tentam nos bastidores conquistar mais votos e construir uma chapa com 13 nomes para a mesa diretora.
A falta de cumprimentos de acordos com parte da base aliada do governo na Assembleia, levou o racha no partido e a briga pela disputa da presidência da casa. Um dos pontos cruciais nessa disputa está a briga pela composição das comissões da Alerj, onde faz com que os partidos façam acordos secretos até mesmo com “demônios,” é justo nesta comissões que pode fazer o Estado avançar de forma justa, ou gerar uma sensação de que tudo está funcionando, porém, pode trazer sérios prejuízos aos cofres públicos da governança do Estado.
As comissões mais importantes são a de Constituição e Justiça, por onde todos os projetos de lei precisam passar. A de Orçamento, pois emite parecer sobre as contas do governo todos os anos.
“A orientação que simplifica em quase uma ordem, é unir o Rio em prol de um bem maior.” Na verdade em tempos passados a determinação era a mesma, porém como todos sabem, o Estado passou por vários problemas financeiros, escândalos e prisões de deputados e governadores. Desta vez será quase impossível formar a mesma coalizão, vai depender da votação no Congresso em Brasília.
Na verdade o passado e o presente se cruzam mais uma vez, a diferença que no passado era o famoso partido que compunha duas bancadas, a da direita e da esquerda, o MDB do saudoso Jorge Picciani que davas as cartas e agora surge uma nova sigla partidária com as mesmas características e com os mesmos problemas, o PL, que inchou com Jair Bolsonaro e com Claudio Castro.
A disputa vai incendiar o velho Palácio Tiradentes, onde a eleição será realizada na próxima quinta-feira (02). Nesta quarta-feira, os 70 deputados eleitos serão empossados. No dia seguinte, ocorrerá a eleição para a mesa diretora. Dos 70 deputados eleitos, 45 pertencem aos 14 partidos que compuseram a coligação de Castro. Já na esquerda, PT, PSOL, PDT, PSB e PCdoB têm, juntos, 17 deputados.